O julgamento do suspeito de ajudar a ex-esposa a matar sua enteada, há 17 anos, em Campina Grande do Sul, foi adiado pela segunda vez. Segundo o Ministério Público do Paraná (MPPR), o adiamento agora foi motivado pelo não comparecimento da defesa do réu ao Tribunal do Júri. Anteriormente, o julgamento foi adiado, no dia 15 de maio, após a defesa apresentar um atestado médico para justificar a ausência do réu.

Andréa Rosa de Lorena foi assassinada em 2007 em meio à disputa pela guarda de seu filho. (Foto: Reprodução/TV Globo)

De acordo com o MPPR, a sessão do júri marcada para esta quinta-feira (23) foi adiada após um pedido da defesa de Everson Luís Cilian, suspeito de ser o coautor do assassinato de Andréa Rosa de Lorena, que era sua enteada.

A alegação dos advogados que representam o réu é que não havia tempo hábil para a realização da sessão. Por isso, os defensores não compareceram ao tribunal. Agora o julgamento foi remarcado para o dia 5 de junho.

Réu é suspeito de ter colaborado para a morte da enteada

A vítima foi morta em 12 de fevereiro de 2007, em Quatro Barras, também na Região Metropolitana de Curitiba, deixando dois filhos, um menino e uma menina, de 5 anos e 9 meses na época. O crime teria sido praticado pelos dois denunciados justamente porque a avó, Tânia Djanira Melo Becker de Lorena, queria a guarda do neto, que disputava com a filha em um processo judicial.

Segundo a denúncia do MPPR, os acusados mataram a mulher na casa dela, após um almoço familiar. Ela foi enforcada com um fio elétrico e teve o corpo colocado embaixo de uma cama: o cadáver foi descoberto dois dias depois.

O Ministério Público sustenta que o homicídio teve três qualificadoras: motivo fútil, meio cruel e meio que impossibilitou a defesa da vítima. O caso será julgado em Campina Grande do Sul pois o Município de Quatro Barras, na época do crime, integrava a comarca.

Suspeita de matar a filha foi presa após passar 17 anos foragida

Pouco antes da data inicialmente marcada para o julgamento de Everson, sua ex-esposa foi presa. Tânia estava foragida desde a época do crime, há 17 anos, mas foi encontrada pela Polícia Militar em Marilândia do Sul, no norte do Paraná, no dia 11 de maio. Ela foi levada para o presídio da cidade de Apucarana, também no norte do estado, e aguarda agora que o seu julgamento seja marcado.

Suspeita de matar a filha para ficar com a guarda do neto passou 17 anos foragida (Foto: Reprodução / Canal 38 / TN Online)

Como os denunciados passaram muitos anos foragidos, o processo ficou suspenso, conforme determina o Código de Processo Penal (artigo 366). Desde a época do crime, o MPPR solicitou a prisão preventiva do casal. Segundo o MPPR, houve o desmembramento das ações penais contra Tânia e Everson. Por isso, cada um dos réus responde a uma ação específica, portanto serão julgados em momentos diferentes.

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Luciano Balarotti

Repórter

Formado pela UFPR, Luciano Balarotti tem 25 anos de experiência profissional, grande parte dedicada ao jornalismo esportivo. Mas atua também em áreas como Cultura, Cotidiano, Segurança Pública, Automóveis e Concursos.

Formado pela UFPR, Luciano Balarotti tem 25 anos de experiência profissional, grande parte dedicada ao jornalismo esportivo. Mas atua também em áreas como Cultura, Cotidiano, Segurança Pública, Automóveis e Concursos.