Curitiba - O Tribunal de Justiça do Paraná (TJ-PR) aumentou a pena do delegado Erik Busetti, condenado por matar a esposa e a enteada. Nesta segunda-feira (30), o órgão comunicou que acatou um pedido da assistência de acusação das vítimas e a pena do condenado passou de 38 para 42 anos, 9 meses e 9 dias. O réu foi condenado em júri popular em julho de 2024.

Os advogados das vítimas pediram um recurso, pois a justiça teria reduzido a pena do réu por conta de Erik Busetti ter feito uma confissão espontânea sobre o assassinato da esposa, Maritza Guimarães de Souza. Entretanto, o homem teria se responsabilizado apenas pela morte da companheira e alegado que a enteada, Ana Carolina de Souza, teria entrado na frente do alvo principal.
Ao analisar o recurso, o TJ-PR aceitou o pedido dos advogados e aumentou a pena em aproximadamente quatro anos. O espaço do portal RIC.com.br está aberto para a defesa de Erik Busetti.
Caso Erik Busetti: relembre o crime
O crime aconteceu em 4 de março de 2020. Conforme as investigações, após cerca de dez anos de união, Erik e Maritza estavam em processo de separação, mas o marido não aceitava a situação. O delegado e a policial ainda moravam juntos e, antes do fato, discutiram por pelo menos três horas.
A polícia também verificou que Maritza tentou fazer as malas, indicando que sairia de casa. Após a mulher ir para a saída da residência, Erik bateu na porta do quarto de Ana, e logo após a adolescente abrir é agredida com chutes e tapas. Maritza volta para tentar defender a filha e neste momento as duas são baleadas e caem abraçadas no chão.

A ação aconteceu enquanto a filha do casal, de 9 anos, dormia em outro cômodo. Depois, Busetti deixou a criança com uma vizinha e pediu que a filha ligasse para a Polícia Militar. A equipe do Siate encontrou as vítimas sem vida no local do crime e Erik foi preso em flagrante.
Erik ficou em silêncio no interrogatório, mas, segundo as investigações, confessou o crime em conversas anteriores com policiais militares. Ele foi autuado por duplo feminicídio e levado ao Complexo Médico-Penal (CMP) em Pinhais, na Região Metropolitana de Curitiba, onde segue preso até hoje. Dias depois, Erik foi denunciado pelo Ministério Público do Paraná (MP-PR) por duplo feminicídio.
Em 23 de março de 2020, a denúncia foi recebida pela Justiça, e ele se tornou réu. Em 8 de outubro, a 1ª Vara Privativa do Tribunal do Júri do Foro Central da Comarca da RMC determinou que Erik fosse levado a júri popular, sem direito a recorrer e aguardar julgamento em liberdade. Erick responde preso desde a data do fato.
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