Além da quebra do sigilo das mensagens, também foram solicitados dados de cadastros feitos no WhatsApp.

As empresas de comunicação já foram notificadas da decisão que deve ser cumprida de imediato

A Justiça do Rio de Janeito determinou nesta terça-feira (19), a suspensão do aplicativo de mensagens WhatsApp em todo o Brasil. A decisão foi da juíza de fiscalização da Vara de Execuções Penais, Daniela Barbosa Assunção de Souza. 

Segundo a juíza, o Facebook, que controla os serviços do WhatsApp, descumpriu a decisão judicial de interceptar as mensagens trocadas pelo aplicativo de troca de mensagens. Essa é a terceira vez que o WhatsApp é suspenso no país. As empresas de comunicação já foram notificadas da decisão.

De acordo com a Justiça, o pedido de bloqueio do WhatsApp foi feito pela Delegacia de Polícia Civil de Imbariê (62ª DP), porque os policiais investigavam o uso do aplicativo para a troca de mensagens entre criminsos. No entanto, o Facebook alegou que não poderia cumprir a decisão porque as mensagens são todas criptografadas e, portanto, não acessíveis. A criptografia garante o sigilo das conversas dos usuário.

“[A criptografia não pode servir de] escudo protetivo para práticas criminosas que, com absurda frequência, se desenvolvem através de conversas, trocas de imagens e vídeos compartilhados no aplicativo”, diz a juíza, na decisão. 

Cumprimento imediato

A Justiça enviou ofícios para a Embratel, a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) e as principais operadoras de telefonia – Tim, Vivo, Claro, Nextel e Oi -, para que a decisão seja cumprida imediatamente.

O Facebook será multado em R$ 50 mil por dia se continuar descumprindo a decisão de interceptar as comunicações entre usuários conforme pedido pela Polícia Civil.

A assessoria de imprensa do WhatsApp no Brasil informou que ainda não tem um posicionamento oficial sobre o assunto.