A desembargadora do Tribunal Regional do Trabalho da 9ª Região, Ana Carolina Zaina, deu ordem ao Sindicato dos Motoristas e Cobradores de Curitiba (Sindimoc) para o retorno imediato de 30% de circulação da frota e 40% nos horários de pico. O pedido foi feito há poucos instantes durante a audiência de conciliação que ocorre na sede do Tribunal, na Capital, entre o Sindimoc, Sindicato das Empresas de Ônibus de Curitiba e Região Metropolitana (Setransp) e Prefeitura de Curitiba.

Caso não cumpra com a determinação, a desembargadora decidiu ampliar de R$ 10 mil para R$ 100 mil a multa diária a ser aplicada ao Sindicato dos Motoristas e Cobradores (Sindimoc) por descumprimento de determinação judicial. A sessão foi iniciada às 14 horas e está interrompida desde às 15h30 na tentativa de se chegar a um acordo.

Tumulto

A quarta-feira (26) começou tumultuada em Curitiba e municípios da Região Metropolitana. Em assembleia, na noite de terça-feira (25), motoristas e cobradores de ônibus decidiram entrar em greve. No total, 12 mil trabalhadores cruzaram os braços à meia-noite. Os funcionários do transporte coletivo pedem melhores condições de trabalho,  reajuste de R$ 150,00 no vale-alimentação e o dobro no valor das horas-extras. Além disso, a categoria quer ganho real de 16% para motoristas e 22% para cobradores, além da correção da inflação pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC).

Pedido de prisão

O prefeito de Curitiba, Gustavo Fruet, se manifestou nas redes sociais sobre a greve dos motoristas e cobradores de ônibus que atinge toda Curitiba e RMC. Segundo ele, não será permitido um reajuste abusivo do transporte público na capital. Fruet teria sido informado de que a paralisação foi forçada pelo sindicato patronal e dos trabalhadores para aumentar o valor da tarifa para R$ 3,40.

“Se ficar comprovado que esta greve é uma articulação para forçar o reajuste da tarifa, vou pedir a prisão do presidente do Sindicato dos Empresários e do presidente do Sindicato dos Trabalhadores”, escreveu.