O Hospital de Clínicas (HC) de Curitiba pode fechar cerca de 100 dos 471 leitos ativos de internação, por conta de uma decisão judicial expedida pela Justiça do Trabalho, que fez o HC ajustar suas escalas de trabalho dos funcionários e proibir a realização de horas extras, tendo assim uma falta de funcionários, que atualmente realizam carga horária superior a seis horas diárias. O permitido pela lei são duas horas adicionais, mas estes profissionais de saúde chegam a fazer até seis horas extras.
A partir da próxima segunda-feira, a Reitoria da UFPR, a administração da Fundação da Universidade Federal do Paraná (FUNPAR) e a Direção do Hospital de Clínicas estão enviando esforços junto à Justiça do Trabalho, para que, por meio de um Termo de Ajuste de Conduta, seja possível recompor a força de trabalho de forma a assegurar a prestação de serviços de qualidade sem a necessidade de interromper a assistência em nenhum setor do Hospital. Até o momento o Hospital ainda não teve como dimensionar o impacto destes fatos sobre seus leitos o que deverá ocorrer até o início da próxima semana.
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Redução dos leitos
O número de leitos no Hospital de Clínicas vem diminuindo progressivamente desde antes de 2009 e até o momento tem um déficit de cerca de 600 trabalhadores. Esta redução da força de trabalho decorre da maturidade dos servidores de um hospital de 52 anos de fundação, resultando em envelhecimento dos funcionários, gerando aposentadoria, falecimento e aumento das exonerações. Estas perdas ocorridas não obtiveram respostas pelo Governo Federal.
Ainda, em 2009, as Secretarias de Saúde tiveram suporte do Hospital de Clínicas para atender as demandas da comunidade pela ocasião da epidemia de gripe H1N1, aumentando o número de leitos de emergência disponíveis para atendimento das situações clínicas graves. Esta expansão gerou redução do número de leitos de menor complexidade clínica, pois não ocorreu aumento simultâneo da força de trabalho.
