A médica e ex-chefe da UTI do Hospital Evangélico, Virgínia Soares de Souza, compareceu ao Tribunal do Júri nesta segunda-feira (1º) para responder sobre as mortes ocorridas na unidade que comandava.
O procedimento faz parte das condições impostas pelo juiz Daniel de Avelar, que concedeu liberdade à acusada. Avelar definiu que ela deve comparecer mensalmente ao Tribunal.
Defesa promete reviravolta
O advogado de defesa da médica, Elias Mattar Assad, afirmou na ocasião da apresentação que irá revelar novos fatos que devem mudar o panorama das investigações do caso. De acordo com ele, sua equipe recebeu uma ligação com detalhes dos bastidores da operação deflagrada pelo Núcleo de Repressão aos Crimes Contra a Saúde (Nucrisa).
Segundo Assad, o caso teria influência de São Paulo e estes novos fatos devem ser revelados por sua equipe nos próximos dez dias.
A alegação de Assad é de que a identidade de seu denunciante pode ser protegida, assim como as denúncias anônimas que norteiam as investigações da Polícia Civil e do Ministério Público.
O caso
Virgínia ganhou o direito de responder o processo em liberdade no último dia 20, após passar um mês atrás das grades. A prisão aconteceu no dia 19 de fevereiro, quando o Nucrisa deflagrou a operação de combate a possíveis casos de antecipação de mortes na UTI do Hospital Evangélico.
Outros quatro acusados de terem participação nas mortes também foram detidos e ganharam direito à liberdade.