Um caso de grande repercussão na Justiça dos Estados Unidos tem uma grande reviravolta. O médico legista que afirmou por mais de uma década que a jovem Ellen Greenberg, encontrada morta com 20 facadas, na Filadélfia, estado da Pensilvânia, havia se suicidado, mudou a versão e agora classifica a morte como é algo “diferente de suicídio”.

De acordo com o jornal New York Post, o médico legista da Filadélfia, Marlon Osbourne, voltou atrás em sua tese de suicídio após a reabertura do caso, em dezembro do ano passado.
Agora, por meio de um comunicado, Osbourne declarou às autoridades que sua “opinião profissional é que a forma de morte de Ellen deveria ser designada como algo diferente de suicídio”.
Legista deu laudos contraditórios no caso
Na época da morte, em janeiro de 2011, o médico legista classificou a morte da jovem como homicídio, devido ao grande número de facadas. No entanto, quando a polícia contestou sua posição, Osbourne descartou o crime e passou a tratar o caso como suicídio, sem nenhuma explicação plausível.
Desde então, a família de Ellen Greenberg, que tinha 27 anos, lutou para derrubar essa decisão do médico legista. Até porque o corpo da jovem tinha ao menos dez ferimentos por facadas na nuca e no pescoço.
Família processa prefeitura
A nova mudança de tese do legista faz parte de um processo civil movido pela família contra a prefeitura, responsável pelas investigações na época. Os pais de Ellen acusam o município de ter causado sofrimento emocional por supostamente ter conduzido mal a investigação da morte, além de tentar encobrir a verdade. Essa ação será julgada nesta segunda-feira (3).
Osbourne disse que sua última determinação foi tomada depois que novas informações relacionadas ao caso vieram à tona.

“Por exemplo, se o noivo de Ellen foi testemunhado entrando no apartamento antes de fazer a ligação para o 911 [telefone da polícia nos EUA] em 26 de janeiro de 2011. Se a porta foi arrombada conforme relatado. Ou se o corpo de Ellen foi movido por outra pessoa dentro do apartamento no momento de sua morte ou perto dele”, escreveu Osbourne.
Entenda o caso
Ellen Greenberg foi encontrada morta em 26 de janeiro de 2011. De acordo com as investigações, ela havia deixado o trabalho mais cedo devido a uma nevasca e foi encontrada pelo noivo, Sam Goldberg, com uma faca cravada no peito.
Na época, o noivo afirmou que teve que arrombar a porta para entrar no apartamento, quando então encontrou a jovem morta. No entanto, a perícia feita no apartamento não encontoru sinais de arrombamento na porta.
Além disso, a família questiona a polícia por não ter preservado a cena do crime, permitindo que o apartamento fosse limpo por uma empresa contratada após a morte de Ellen. Além disso, um tio de Goldberg foi autorizado a entrar no local e pegar pertences de Ellen, como um computador e um celular.
Os familiares da jovem também contestam porque o noivo não foi considerado suspeito e nem investigado na época.
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