O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF) determinou nesta sexta-feira (20) que o mecânico Antônio Cláudio Alves Ferreira, responsável pela destruição do relógio histórico de Dom João VI, no Planalto, retorne a prisão. O homem tinha sido liberado da prisão nesta semana, após uma decisão do juiz Lourenço Migliorini Fonseca Ribeiro, da Vara de Execuções Penais de Uberlândia (MG).

Mecânico invade Praça dos TrÊs Poderes em Brasília e derruba relógio de DOm João VI
Réu destruiu relógio histórico durante atos do dia 8 de janeiro (Foto: Divulgação/ Agência Brasil)

O juiz justificou que concedeu progressão da pena para o regime semiaberto e liberou o preso do uso de tornozeleira eletrônica, argumentando que o equipamento não estava disponível no Estado de Minas Gerais.

“O reeducando não pode ser prejudicado em razão da morosidade do Estado”, escreveu o juiz no documento que liberou o detento.

A Secretaria de Justiça e Segurança Pública de Minas Gerais, no entanto, afirmou que havia mais de 4.000 tornozeleiras eletrônicas disponíveis.

Em sua decisão, o juiz afirmou que Antônio Ferreira tinha cumprido o tempo mínimo exigido por lei, citou bom comportamento e afirmou que o preso não praticou faltas graves e manteve boa conduta.

Entretanto, a decisão do juiz gerou uma investigação. Nesta sexta (20), a Corregedoria do Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG) comunicou que investigará a conduta do magistrado. 

Também nesta sexta-feira (20), o ministro Alexandre de Moraes, determinou que Antônio Cláudio Ferreira retornasse à prisão, e ainda estabeleceu um inquérito contra o magistrado que o liberou, argumentando que o juiz expediu uma sentença fora do âmbito em que podia atuar.

Antônio Cláudio Ferreira só teria direito ao regime semiaberto após cumprir um quarto de sua pena de 17 anos. O réu foi preso em 2023 e, até o momento, tinha cumprido dois anos e cinco meses em regime fechado.

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Guilherme Becker
Guilherme Becker

Editor

Guilherme Becker é formado em Jornalismo pela PUCPR, especializado em jornalismo digital. Possui grande experiência em pautas de Segurança Pública, Cotidiano, Gastronomia, Cultura e Eventos.

Guilherme Becker é formado em Jornalismo pela PUCPR, especializado em jornalismo digital. Possui grande experiência em pautas de Segurança Pública, Cotidiano, Gastronomia, Cultura e Eventos.