O Supremo Tribunal Federal (STF) julga no plenário virtual da Primeira Turma a ação contra a cabeleireira Débora Rodrigues dos Santos, acusada de vandalizar a estátua da Justiça durante os atos de 8 de Janeiro de 2023. O ministro Alexandre de Moraes votou pela condenação da ré a 14 anos de prisão em regime inicial fechado.

As imagens da depredação foram usadas para embasar a acusação. Moraes afirmou que Débora demonstrou “orgulho e felicidade” ao pichar a frase “Perdeu, mané” na escultura localizada em frente ao prédio do STF. Segundo ele, o ato se insere em um contexto mais amplo de tentativa de ruptura institucional.
Moraes votou pela prisão de mulher que pichou STF; ela é acusada de cinco crimes
A Procuradoria-Geral da República (PGR) atribui cinco crimes à acusada: golpe de Estado, tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, associação criminosa armada, dano qualificado e deterioração de patrimônio tombado.
Débora foi presa em março de 2023, durante a oitava fase da Operação Lesa Pátria, da Polícia Federal, que investiga participantes e financiadores dos atos de vandalismo. Atualmente, cumpre prisão na Penitenciária Feminina de Rio Claro, em São Paulo. Em depoimento, admitiu ter utilizado um batom vermelho para escrever na escultura.
O julgamento ocorre sem debate em tempo real, pois os ministros registram seus votos de forma eletrônica. A votação segue aberta até 28 de março.
A frase pichada por Débora remete à resposta do ministro Luís Roberto Barroso, presidente do STF, a um apoiador do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) que questionava o resultado das eleições de 2022 em um evento em Nova York.
Com informações do Estadão Conteúdo
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