O procurador-geral de Justiça, Gilberto Giacoia, determinou a instauração de procedimento para apurar responsabilidades por um eventual excesso na repressão das manifestações ocorridas nesta quarta-feira (29), nas imediações da Assembleia Legislativa do Paraná. O MP-PR já havia expedido recomendação ao Governo do Paraná, à Secretaria de Segurança Pública e ao Comando-Geral da Polícia Militar no sentido de que a intervenção policial se limitasse a garantir a segurança dos manifestantes, excetuada a contenção de eventuais infrações penais.
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Para conduzir as investigações, o procurador-geral designou os promotores de Justiça Paulo Sérgio Markowicz de Lima e Maurício Cirino dos Santos, que estarão, já a partir desta quinta-feira (30), na sede da PGJ, em Curitiba, colhendo informações, depoimentos, laudos, documentos e registros de imagem (fotos e vídeos) sobre os confrontos.
MPT-PR repudia violência
O Ministério Público do Trabalho no Paraná emitiu uma nota, afirmando que repudia o uso de violência e a repressão às quais foram submetidos os professores do Paraná nas tardes de quarta-feira (29) e hoje, no Centro Cívico, em Curitiba. O órgão afirma que não tem legitimidade para atuar diretamente em casos envolvendo professores da rede estadual de ensino, mas que o seu trabalho se pauta sobretudo no diálogo para a resolução de conflitos e no respeito ao trabalhador. “Nos sensibiliza muito a forma como esses professores foram tratados, na luta por seus direitos. Também nos toca que outra classe de trabalhadores, a dos policiais militares, esteja sendo colocada contra os professores de seus filhos, quando a luta de todos é a mesma. Fica o apelo por dias mais pacíficos e para que predomine a democracia, a solidariedade e o respeito”, encerra a nota.