O Ministério Público do Paraná (MPPR) denunciou cinco homens envolvidos nos assassinatos da Miss Altônia Bruna Zucco Cegantim e do empresário Valdir de Brito Feitosa, em março de 2018, em Altônia, no noroeste do Paraná. De acordo com a denúncia, a motivação para os crimes foi uma desavença entre dois grupos criminosos. Quatro dos cinco suspeitos foram presos em uma operação policial no início de junho e o outro segue foragido.

Conforme o Ministério Público, o homem assassinado seria contrabandista, e o mandante do crime faria parte de um grupo criminoso rival voltado ao tráfico de drogas. Ao longo das investigações, foi apurado ainda que a jovem assassinada, que tinha 21 anos, não tinha nenhum envolvimento com o crime organizado. Assim, ela só foi morta por estar junto com o alvo dos criminosos. Após o duplo homicídio, os corpos foram queimados junto com a caminhonete do empresário.
Assassinatos de Miss Altônia e empresário causaram comoção
Bruna Zucco e Valdir Brito Feitosa, então com 31 anos, foram executados a tiros na madrugada de 22 de março de 2018. Em seguida, eles tiveram seus corpos carbonizados. Assim, a identificação das vítimas só foi possível após exames de DNA.

O duplo assassinato chocou a cidade, especialmente pela morte da jovem, que havia sido eleita Miss Altônia no ano anterior. Ela teria pego uma carona com o empresário porque o seu namorado não pode buscá-la no ponto de ônibus, como fazia rotineiramente. Imagens de câmeras de segurança registraram o momento em que ela desceu do ônibus após sair da universidade em que cursava psicologia. As imagens mostram que haviam dois carros nas proximidades, sendo um deles a caminhonete do empresário.
De acordo com as investigações da Polícia Civil na época do crime, a jovem foi morta por ter testemunhado a execução do alvo dos criminosos.
“A Miss Altônia, infelizmente, estava no lugar errado, com o cara errado e na hora errada. Ela não seria alvo desses marginais que assassinaram os dois”, afirmou na época o delegado Osnildo Carneiro Lemes.
Ainda de acordo com a polícia, Valdir, que era dono de uma tabacaria estaria ligado com o contrabando de cigarros, crime bastante comum na região, que fica próxima à fronteira com o Paraguai. Já os acusados de serem os mandantes do crime têm ligações com o tráfico de drogas.
Suspeitos de assassinatos de miss e empresário devem ir a júri popular
Formalmente denunciados pelo MPPR, os cinco suspeitos aguardam a decisão da Justiça, que decidirá se o quinteto será julgado em júri popular. Os quatro detidos devem permanecer na prisão até o julgamento. A polícia segue à procura do quinto denunciado, que segue foragido.
“As investigações apontaram que o que motivou o crime foi uma rixa existente entre os contrabandistas e os traficantes da região e que a vítima Bruna não possuía nenhum vínculo e nenhum envolvimento com a criminalidade. Ela foi morta apenas por estar junto com o Valdir e para garantir que ela não testemunhasse contra os assassinos. As investigações perduraram da data do crime em 2018 até o início de junho de 2025, quando as investigações foram concluídas e houve a decretação da prisão preventiva dos cinco assassinos”, resume a promotora de justiça Ana Carolina Lacerda Schneider.
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