No dia 22 de janeiro de 2021, Ana Paula dos Santos deu uma facada no peito de Devair Alves, seu então companheiro, que causou a morte do homem. O caso foi registrado em Londrina, norte do Paraná, na Rua Joana Glória Lisboa Ataíde. No dia da ocorrência, a mulher confessou a autoria do crime. Nesta terça-feira (1º), o juiz Paulo Cesar Roldão considerou que ela agiu em legítima defesa.
A denúncia foi feita pelo Ministério Público. No relatório, foram considerados os depoimentos da irmã da mulher, um morador da região e policiais militares e civis que atenderam a denúncia. A irmã de Ana Paula e o morador do bairro contaram que Devair, que tinha 24 anos, agredia a mulher frequentemente. Por vezes, gritos dela eram escutados na rua.
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Devair tinha uma das pernas amputadas e, por isso, usava muletas para se locomover. Conforme os depoimentos, ele usava o objeto para dar golpes em Ana Paula. A ré contou que, no dia do crime, ele havia saído para beber com amigos e, ao retornar, a agrediu, enquanto segurava a faca. Para se defender, ela pegou a faca da mão dele e acertou o peito do homem. A mulher disse que era espancada por ciúmes. Na época, ela estava grávida de cinco meses.
Os policiais informaram que a mulher permaneceu no local e populares disseram a eles que ela havia matado Devair. A princípio, Ana Paula teria falado que haviam brigado e ele havia tropeçado em cima da faca, por isso o ferimento. Entretanto, assumiu a culpa e pediu para ser algemada.
O juiz considerou que “Ana Paula agiu em legítima defesa, tendo feito uso, moderado, do meio que dispunha para se defender de agressão injusta e iminente“. Ela havia sido presa, porém liberada mediante uso de tornozeleira eletrônica. Com a decisão de absolvição sumária, Ana Paula deixa de ser monitorada e não deve pagar os custos processuais.
A defesa de Ana Paula dos Santos tem a satisfação de compartilhar que a Justiça prevaleceu.
disse o advogado Peter Jürgen Kelter.
Relembrando o caso, Ana Paula matou seu marido, que a agredia de maneira contumaz, e naquele fatídico dia, a despeito da mesma estar grávida, sem qualquer inibição, ou freio moral, agrediu Ana Paula, que reagiu, e em preservação da própria vida e a vida do filho que carregava no ventre, tirou a vida de seu agressor, após isso, em prantos, esperou a chegada da Policia Militar, foi presa em flagrante.
A primeira batalha foi pela liberdade, Ana Paula estava grávida na ocasião de sua prisão, e impetrado habeas corpus por sua defesa, foi concedido pelo Tribunal de Justiça do Paraná, em razão disso, seu filho não nasceu no cárcere, agora, finalmente, a segunda batalha, a da absolvição, foi vencida, o juiz da 1ª Vara Criminal de Londrina, PR, Dr. Paulo Cesar Roldão, absolveu sumariamente Ana Paula.