O Ministério Público do Paraná (MPPR) cumpriu nesta terça-feira (4), cinco mandados de busca e apreensão na Operação Harpócrates, que apura a prática do crime de supressão de documento público da Câmara Municipal de Cornélio Procópio. A ação é parte da investigação sobre o sumiço de uma gravação de uma sessão legislativa em que, supostamente, haveria o registro de ameaças e ofensas contra um vereador.

Operação Harpócrates apura sumiço de registro de vídeo de sessão da Câmara de Vereadores de Cornélio Procópio em que podem ter sido feitas ameaças e ofensas a vereador pelo chefe de gabinete municipal
Gaeco cumpriu cinco mandados de busca e apreensão na cidade (Foto: MPPR)

Segundo a investigação, houve o desaparecimento de uma gravação que poderia apontar a autoria de um crime de ameaça e injúria. Apesar das audiências serem públicas e transmitidas pelas redes sociais da câmara, além de serem gravadas, o registro dessa sessão específica não foi disponibilizado.

Sessão sem gravação teria ameaças de chefe de gabinete municipal

Segundo o MPPR, na sessão que não teve registro em vídeo, o chefe de gabinete do município teria proferido “ameaças e ofensas contra um dos vereadores”. Além disso, os promotores apontam que “tanto o Poder Legislativo, quanto a pessoa jurídica responsável pelo fornecimento do serviço de gravação e transmissão informaram que não localizaram a cópia da respectiva mídia”.

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Desse modo, na tentativa de localizar os eventuais registros da sessão, o MP cumpriu as ordens judiciais na sede da empresa prestadora do serviço e na residência de seu representante legal. Além disso, a Polícia fez busca na câmara municipal, na casa e no local de trabalho do chefe de gabinete.

Operação Harpócrates apura sumiço de registro de vídeo de sessão da Câmara de Vereadores de Cornélio Procópio em que podem ter sido feitas ameaças e ofensas a vereador pelo chefe de gabinete municipal
Polícia fez buscas na Câmara Municipal de Cornélio Procópio (Foto: MPPR)

Investigação apura suposto conluio para suprimir gravações

Agora, o MP apura eventual conluio entre integrantes do legislativo e executivo com a empresa prestadora de serviços para suprimir as aludidas gravações. Situação que pode configurar o ilícito penal de supressão de documento público, conforme descrito no art. 305 do Código Penal.

O MP batizou a operação como Harpócrates em uma alusão ao deus do silêncio da mitologia grega.

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Luciano Balarotti

Repórter

Formado pela UFPR, Luciano Balarotti tem 25 anos de experiência profissional, grande parte dedicada ao jornalismo esportivo. Mas atua também em áreas como Cultura, Cotidiano, Segurança Pública, Automóveis e Concursos.

Formado pela UFPR, Luciano Balarotti tem 25 anos de experiência profissional, grande parte dedicada ao jornalismo esportivo. Mas atua também em áreas como Cultura, Cotidiano, Segurança Pública, Automóveis e Concursos.