A Câmara Municipal de Curitiba reabriu na noite desta quinta-feira (27) o Palácio Rio Branco, sede histórica do legislativo municipal. O prédio foi fechado em 2010 para uma obra de restauração estrutural e adaptação para as atuais tecnologias para abrigar novamente os debates políticos da cidade.
Em todo este processo de restauração foi gasto R$ 1.280.951,78. O prédio foi tombado pelo governo do Estado em 1978, pelo seu valor histórico e cultural. “Estamos devolvendo este prédio para o povo de Curitiba. A principal Casa do Legislativo Municipal passou por uma grande obra de restauração, totalmente necessária, porque o edifício estava se deteriorando. Agora, o Palácio Rio Branco volta a ter a imagem que a nossa Curitiba merece”, disse o presidente da Câmara, Paulo Salamuni (PV).
A obra foi necessária porque o Palácio Rio Branco foi erguido com alvenaria estrutural, que consiste em edificar o prédio com paredes grossas, de aproximadamente um metro de espessura, sem o uso de fundações. A movimentação do solo, principalmente devido ao intenso tráfego de veículos na região, fez com que aparecessem grandes rachaduras. Para conter o problema, logo no início da restauração foram criados anéis metálicos – um no térreo, outro nas tribunas e o terceiro, no telhado – que agora envolvem o edifício. As intervenções foram realizadas por meio de processo licitatório, com acompanhamento da prefeitura, via Secretaria Municipal de Obras Públicas (SMOP).
História
Inicialmente denominado Palácio do Congresso, o edifício histórico abrigou a Assembleia Legislativa do Paraná. Sua construção foi na última década do século XIX, por ocasião da Proclamação da República. Na Era Vargas, quando os Legislativos foram fechados, foi sede do Conselho Deliberativo do Estado. O espaço foi cedido à Câmara Municipal de Curitiba em 1957. A instalação definitiva ocorreu em 1963, com a mudança do nome para Palácio Rio Branco.