O dono da Ultrafarma, Sidney Oliveira, foi preso nesta terça-feira (12) durante a Operação Ícaro. Segundo o Ministério Público de São Paulo (MPSP), as apurações visam desmontar um esquema de corrupção que ultrapassa R$ 1 bilhão em propinas.

O MP anunciou que auditores fiscais tributários da Secretaria de Estado da Fazenda, teriam recebido propina para favorecer empresas do setor de varejo. Além de Sidney, o executivo Mário Otávio Gomes, diretor estatutário da Fast Shop, e o fiscal de tributos estadual Artur Gomes da Silva Neto, apontado como o principal operador do esquema, também estão na mira das autoridades.
A polícia encontrou pacotes de esmeraldo na casa do empresário Celso Éder Gonzaga, parceiro de Artur no esquema, segundo o portal Metrópoles.
A investigação aponta que ao menos um auditor fiscal teria fraudado processos administrativos para beneficiar os empresários e, em troca, receberia propina através de uma empresa registrada no nome da mãe dele, segundo o Estadão.
Grandes empresas podem estar envolvidas no esquema
Segundo o promotor de Justiça do MPSP, Roberto Bodini, outras grandes empresas podem estar envolvidas no esquema. O promotor afirmou que “grandes corporações do setor varejista, também podem ter se valido do mesmo esquema para conseguir a liberação dos créditos tributários”.
“O que se vê aqui claramente é a mãe de um auditor fiscal, com idade avançada, sem capacidade técnica para prestar qualquer tipo de assessoria tributária, sendo proprietária de uma empresa de consultoria tributária e prestando serviços cujos honorários são milionários para grandes empresas do varejo”, disse nesta terça.
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