Apesar de ter a renúncia da vice-presidência da Câmara dos Deputados anunciada no último dia 09, oficialmente, o deputado André Vargas (PT-PR) ainda ocupa o cargo. Até esta segunda-feira (14) Vargas ainda não havia comunicado sua decisão à presidência da Casa. O parlamentar paranaense licenciou-se do mandato por 60 dias, após denúncias de envolvimento com o doleiro Alberto Youssef, preso pela Polícia Federal na Operação Lava Jato.
Como não houve comunicação oficial, Vargas continua no cargo de vice-presidente, embora afastado em função da licença do mandato parlamentar. Pelas normas da Câmara, a renúncia se concretiza por meio de ofício ao presidente da Casa, que tem de ser lido no plenário e publicado no Diário Oficial da instituição.
O processo oficial de renúncia do deputado André Vargas (PT-PR) deve acontecer nesta terça-feira (15), segundo informou a assessoria de imprensa da direção nacional do PT. De acordo com a direção do partido, o presidente da sigla, Rui Falcão, foi procurado pelo deputado e informado da decisão.
Na semana passada, em entrevista coletiva, o líder do PT na Câmara, Vicentinho (SP), informou que tinha recebido a carta em que o deputado comunicava a renúncia à primeira-vice-presidência da Câmara e chegou a distribuir cópias para a imprensa. No entanto, a carta oficial não foi protocolada na Câmara. Na carta entregue ao líder, Vargas diz que renunciou devido à instauração de processo contra ele naquele dia (09 de abril) no Conselho de Ética. “Tomo esta decisão para me concentrar em minha defesa perante o Conselho e para não prejudicar o andamento dos trabalhos da Mesa Diretora”, diz o texto. Vargas menciona a intenção de preservar a imagem da Câmara, do PT e dos colegas, além de relatar o “intenso bombardeio de denúncias’ que vem enfrentando.