O sistema judicial brasileiro é um dos pilares do Estado de Direito e garante a aplicação das leis de forma justa e equitativa. O Judiciário no Brasil é complexo e possui diversas instâncias e competências, com uma estrutura que abrange desde a Justiça Estadual até a Suprema Corte do país.

estátua de justiça na frente da bandeira do brasil
O sistema judicial brasileiro é divido em seis instâncias principais (Foto: Ilustração/Pixabay)

A princípio, o Judiciário brasileiro é estruturado de maneira a garantir que todas as demandas sejam julgadas por órgãos competentes. Dessa forma, existem diferentes tipos de justiça, ou “instâncias”, que se encarregam de áreas específicas do direito. Entre as principais, destacam-se a Justiça Estadual, Federal, Trabalhista, Eleitoral e Militar.

Cada uma dessas instâncias possui uma competência definida, ou seja, um conjunto de questões que pode ser apreciado por elas. Isso permite que cada tribunal ou juiz tenha um papel bem delineado e atue dentro dos limites estabelecidos pela Constituição.

Justiça Estadual

A Justiça Estadual é a instância judicial mais próxima do cidadão, sendo responsável pela maior parte dos processos no Brasil. Ela tem competência para julgar causas que envolvem questões de direito privado (como contratos, famílias, heranças, entre outras) e crimes que não são de competência da Justiça Federal.

A estrutura da Justiça Estadual inclui desde os juízes de primeira instância até os tribunais de apelação, como os Tribunais de Justiça (TJ) dos Estados. Além disso, a Justiça Estadual também é responsável por questões de execução penal, processos envolvendo menores e casos de competência dos juizados especiais.

Justiça Federal

Por outro lado, a Justiça Federal atua em questões que envolvem a União, suas autarquias, empresas públicas e outros entes federais. Além disso, ela também é responsável por julgar crimes federais, como tráfico internacional de drogas, crimes contra a ordem política e a administração pública.

O sistema da Justiça Federal é estruturado de forma semelhante ao da Justiça Estadual, com varas federais, tribunais regionais federais e o Supremo Tribunal Federal (STF) no topo da hierarquia.

Justiça Militar

A Justiça Militar é a parte do sistema judicial brasileiro responsável por julgar os crimes militares e as questões relacionadas às Forças Armadas do Brasil, como o Exército, a Marinha e a Aeronáutica. Sua principal característica é a especialização nas normas e práticas militares, sendo voltada para infrações cometidas por militares ou em áreas específicas de segurança nacional.

A estrutura da Justiça Militar é composta por tribunais militares nos Estados e pelo Superior Tribunal Militar (STM), que é a instância máxima.

Justiça Trabalhista

Já a Justiça Trabalhista é a parte do sistema judicial brasileiro especializada em resolver litígios que envolvem as relações de trabalho. A princípio, ela foi criada com o objetivo de assegurar a proteção dos direitos dos trabalhadores e, por isso, tem um tratamento mais célere e protetivo para esse público.

Além disso, a Justiça Trabalhista é composta por varas do trabalho e tribunais regionais do trabalho (TRTs), sendo que as decisões podem ser eventualmente revistas pelo Tribunal Superior do Trabalho (TST).

Justiça Eleitoral

Por sua vez, a Justiça Eleitoral tem um papel crucial na manutenção da democracia no Brasil. Ela é responsável por organizar e supervisionar o processo eleitoral, garantindo que as eleições sejam justas, transparentes e dentro da legalidade.

Além disso, a Justiça Eleitoral também é encarregada de resolver questões relacionadas a partidos políticos, candidatos e financiamento de campanhas eleitorais. Ela é composta pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Tribunais Regionais Eleitorais (TREs) e as zonas eleitorais, com uma estrutura de fiscalização rigorosa para evitar fraudes.

Supremo Tribunal Federal (STF)

Por fim, no topo da hierarquia judicial brasileira está o Supremo Tribunal Federal (STF), que é a mais alta corte do país. O STF tem a função de garantir a Constituição, sendo responsável por julgar casos que envolvem interpretações constitucionais e questões de grande relevância para a ordem pública e para o Estado brasileiro.

Além disso, o STF também tem a função de atuar como a última instância nas questões que envolvem todas as demais esferas do Judiciário, inclusive podendo revisar decisões de outros tribunais, quando necessário.

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Mariana Gomes

Repórter

Formada em Jornalismo pela PUCPR, especialista na área de Esportes, Cultura e Segurança, além de assuntos virais da internet e trends das redes sociais.

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