Brasil - Os ministros Alexandre de Moraes, Flávio Dino, Cristiano Zanin e Cármen Lúcia, da Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF), votaram por manter a prisão preventiva de Jair Bolsonaro. O ex-presidente está detido em uma sala da Superintendência da Polícia Federal (PF), em Brasília, por tentar violar sua tornozeleira eletrônica.
O julgamento ocorreu em sessão virtual extraordinária.

Bolsonaro foi preso na manhã de sábado (22), após usar um ferro de solda para tentar retirar a tornozeleira eletrônica. Em audiência de custódia, o ex-presidente confessou o ato e alegou “surto” causado por medicamentos. “Usei ferro quente aí… Curiosidade”, disse ele a uma servidora da Secretaria de Administração Penitenciária do Distrito Federal que foi até a casa conferir a integridade do dispositivo.
Na decisão em que determinou a prisão preventiva, Moraes também citou uma vigília convocada pelo senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), filho do ex-presidente, a ser realizada por apoiadores em frente ao condomínio em que Bolsonaro se encontrava em prisão domiciliar, em Brasília.
“A informação constata a intenção do condenado de romper a tornozeleira eletrônica para garantir êxito em sua fuga, facilitada pela confusão causada pela manifestação convocada por seu filho”, escreveu o ministro Alexandre de Moraes.
Moraes disse ter decretado a prisão preventiva para “garantir a aplicação da lei penal”.
Dino vota por manter prisão de Bolsonaro
Em seu voto, o ministro Flávio Dino destacou que a condenação de Bolsonaro a 27 anos e 3 meses de prisão por crimes como liderar organização criminosa e golpe de Estado “presta-se inclusive a comprovar a periculosidade” do ex-presidente.
Dino enfatizou que “o próprio condenado, de maneira reiterada e pública, manifestou que jamais se submeteria à prisão, o que revela postura de afronta deliberada à autoridade do Poder Judiciário”.
Para ele, “a experiência recente demonstra que grupos mobilizados em torno do condenado, frequentemente atuando de forma descontrolada, podem repetir condutas similares às ocorridas em 8 de janeiro”.
Com informações da Agência Brasil e do Estadão Conteúdo
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