O Supremo Tribunal Federal (STF) validou na terça-feira (24) os decretos do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) que suspendem registros de compra e transferência de armas e munições de uso restrito por caçadores, colecionadores, atiradores e particulares (CACs). As decisões do atual presidente reverteram a flexibilização criada pelo seu antecessor, Jair Bolsonaro (PL).

Ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), durante sessão do órgão
Voto de Gilmar Mendes foi seguido por todos os outros ministros (Foto: Nelson Jr./SCO/STF)

Durante o período em que a liberação vigorou, o número de registros de CACs subiu de 117,5 mil, em 2018; para 783,4 mil em 2022, último ano do governo Bolsonaro. O ministro Gilmar Mendes, relator do processo, votou a favor da validade dos decretos. Em seguida, seu voto foi acompanhado por todos os demais colegas.

Decretos de Lula limitam posse de armas de CACs

Os decretos 11.366/2023 e 11.615/2023, emitidos por Lula, limitam o número máximo de armas que um CAC pode possuir, proíbe a venda de armas de certo calibre, como o da pistola 9mm, para este grupo, suspende novos registros em clubes e escolas de tiro e impõe horário máximo de funcionamento para clubes de tiro.

Na visão de Gilmar Mendes, o decreto “não impôs restrição desarrazoada a direitos dos cidadãos brasileiros, tendo apenas reorganizado a política pública de registro, posse e comercialização de armas”.

Em seu voto, Mendes afirma que as medidas propostas nos dois decretos se mostram “plenamente idôneas e apropriadas tendo em vista a consecução do pretendido objetivo de estabelecer nova regulamentação do Estatuto do Desarmamento que melhor permita o controle da circulação de armas de fogo no Brasil”.

O ministro já tinha atuado a favor dos dois decretos em março de 2023, quando suspendeu todos os julgamentos relativos aos textos, o que paralisou as ações judiciais que permitiam burlar o controle mais rígido para adquirir armamento imposto pelo presidente Lula.

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Luciano Balarotti

Repórter

Formado pela UFPR, Luciano Balarotti tem 25 anos de experiência profissional, grande parte dedicada ao jornalismo esportivo. Mas atua também em áreas como Cultura, Cotidiano, Segurança Pública, Automóveis e Concursos.

Formado pela UFPR, Luciano Balarotti tem 25 anos de experiência profissional, grande parte dedicada ao jornalismo esportivo. Mas atua também em áreas como Cultura, Cotidiano, Segurança Pública, Automóveis e Concursos.