Um homem que tentou matar a esposa enquanto ela estava internada em uma Unidade de Tratamento Intensivo (UTI) foi condenado a mais de 12 anos de prisão, em Joinville-SC. De acordo com o Ministério Público de Santa Catarina (MPSC), autor da denúncia, o réu foi condenado pelo Tribunal do Júri por tentativa de homicídio com três qualificadoras – emprego de meio cruel, recurso que dificultou a defesa da vítima e feminicídio.

Um homem que tentou matar a esposa enquanto ela estava internada em uma Unidade de Tratamento Intensivo (UTI) foi condenado a mais de 12 anos de prisão, em Joinville-SC. De acordo com o Ministério Público de Santa Catarina (MPSC), autor da denúncia, o réu foi condenado pelo Tribunal do Júri por tentativa de homicídio com três qualificadoras - emprego de meio cruel, recurso que dificultou a defesa da vítima e feminicídio
Réu foi condenado por aplicar substância tóxica no organismo da esposa, que estava internada (Foto Ilustrativa: Pixabay)

A sentença foi proferida na quarta-feira (9). O júri acatou a tese do MPSC, que apontou que o homem, que é técnico de enfermagem, se aproveitou de seu conhecimento para aplicar medicamentos indevidos na esposa. A ação ocorreu durante uma visita à vítima, dentro da UTI.

Os jurados concluíram que no dia do crime, em abril de 2015, o réu entrou na unidade com seringas escondidas e aplicou uma medicação exógena (de uso externo) e tóxica diretamente na corrente sanguínea da vítima, sua esposa. Em seguida, ele descartou o material em uma lixeira próxima ao leito.

Equipe médica salvou a vítima após a intoxicação

Ainda de acordo com a denúncia, a injeção do medicamento causou um quadro súbito de cefaleia, taquicardia e hipertensão na mulher, seguido de parada respiratória e convulsão. Entretanto, apesar da gravidade do quadro, a rápida intervenção da equipe médica do hospital conseguiu salvar a vítima.

Após o reestabelecimento da paciente, as equipes encontraram três seringas não padronizadas e não utilizadas pelo hospital dentro da lixeira. Nelas havia resquícios do medicamento então utilizado para intoxicar a vítima. Além das seringas, resíduos da substância foram encontrados no equipamento de soro.

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O promotor Marcelo Sebastião Netto de Campos argumentou diante do Júri que “a tentativa de homicídio contra a companheira se deu em razão da condição do sexo feminino, prevalecendo-se da relação familiar”. “Vale destacar que o réu viveu em união estável com a vítima por 13 anos. Ele pediu a separação, após os fatos, sem que ela desconfiasse do que ele fizera, mas quando ela ainda estava internada”, completou. 

O réu teve a pena fixada em 12 anos, nove meses e dois dias de reclusão, em regime fechado. Cabe recurso da decisão, mas o homem não terá o direito de recorrer em liberdade.

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Luciano Balarotti

Repórter

Formado pela UFPR, Luciano Balarotti tem 25 anos de experiência profissional, grande parte dedicada ao jornalismo esportivo. Mas atua também em áreas como Cultura, Cotidiano, Segurança Pública, Automóveis e Concursos.

Formado pela UFPR, Luciano Balarotti tem 25 anos de experiência profissional, grande parte dedicada ao jornalismo esportivo. Mas atua também em áreas como Cultura, Cotidiano, Segurança Pública, Automóveis e Concursos.