A Prefeitura de Curitiba informou na manhã desta quinta-feira (19) que a empresa Cavo Serviços e Meio Ambiente, responsável pela limpeza pública da cidade, começou a garantir a manutenção de 40% do serviço. A capital chegou a amanhecer sem coleta de lixo, mas a partir das 9 horas os trabalhadores começaram a cumprir a determinação judicial. A greve dos garis e lixeiros da capital foi deflagrada na terça-feira.
Na terça-feira (17), o Tribunal Regional do Trabalho do Paraná (TRT-PR) determinou que 40% dos trabalhadores em greve na Cavo retornassem ao trabalho. Caso a categoria descumprisse a determinação, o sindicato deveria ser multado em R$ 20 mil ao dia.
No dia seguinte, quarta-feira, o Sindicato dos Trabalhadores em Transporte Rodoviário do Estado do Paraná (Sitro), que representa os motoristas dos caminhões de lixo, e o Sindicato dos Empregados das Empresas de Asseio e Conservação de Curitiba (Siemaco) chegaram a dizer que os trabalhadores não cumpririam a decisão.
Coletores de lixo, varredores, roçadores e serventes pedem melhores condições de trabalho e um aumento de 20% nos salários e 30% no vale alimentação. A Cavo ofereceu apenas 4% de reajuste, o que gerou insatisfação da categoria. Uma nova audiência de conciliação no Tribunal Regional do Trabalho (TRT) acontece na tarde nesta quinta-feira (19).
Plano emergencial
A prefeitura informou que possui um planejamento especial para minimizar os impactos da greve na limpeza e coleta de resíduos na cidade e que vai implementá-lo progressivamente conforme as necessidades e acompanhando as negociações.
A Secretaria de Meio Ambiente pede que a população não disponha o lixo na rua até pelo menos 48 horas após o próximo dia e horário previstos para coleta e que vai informar quais bairros podem colocar os resíduos para a coleta emergencial.