A cabeleireira Adriana de Almeida, conhecida como “Viúva da Mega-Sena”, foi condenada a 20 anos de prisão pela morte do marido, Renê Senna, ex-lavrador que ganhou R$ 52 milhões na loteria em 2005. Renê foi assassinado a tiros em janeiro de 2007, em um bar na cidade de Rio Bonito, localizada no interior do Rio de Janeiro.

Conforme o Metrópoles, a “Víuva da Mega-Sena” foi acusada de ser a mandante do crime e condenada por homicídio duplamente qualificado, por motivo torpe e impossibilidade de defesa da vítima. O Ministério Público apresentou provas que indicaram seu envolvimento no planejamento da execução.
Trajetória de Renê Senna e relação com a “Viúva da Mega-Sena”
Renê passou grande parte da vida como lavrador e, após complicações de diabetes que levaram à amputação das pernas, passou a vender doces à beira de uma estrada. A sorte mudou em 2005, quando ele se tornou ganhador do sorteio 679 da Mega-Sena.
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Em 2006, Renê iniciou um relacionamento com Adriana e os dois passaram a viver juntos. Ela assumiu a administração de suas finanças, mas o relacionamento começou a se deteriorar após Renê descobrir traições. Ele teria manifestado a intenção de encerrar a conta bancária conjunta e remover Adriana do testamento, segundo depoimentos de familiares e funcionários.
Investigação e prisões
A investigação policial, concluída em março de 2007, identificou Adriana como mandante do homicídio. Além dela, outras seis pessoas foram acusadas de envolvimento: Janaína Oliveira, professora de educação física e amiga de Adriana; Robson de Andrade Oliveira, motorista de van; e os ex-seguranças Ednei Gonçalves Pereira, Marco Antônio Vicente, Ronaldo Amaral e Anderson Souza. Anderson, um ex-policial militar, foi apontado como autor dos disparos.
Os réus foram acusados de planejar e executar o crime com a colaboração de Janaína e de Ednei, que teria dirigido a moto utilizada para levar Anderson ao local.
Julgamento e condenação
O caso enfrentou reviravoltas judiciais. Em 2009, Anderson Souza e Ednei Gonçalves foram condenados a 18 anos de prisão. Adriana, no entanto, foi absolvida no primeiro julgamento em 2011. Em 2014, a decisão foi anulada devido a irregularidades no processo.
Em um novo julgamento, realizado em 2016, Adriana foi condenada a 20 anos de prisão. A decisão judicial também invalidou o testamento que previa a partilha dos bens do ex-lavrador.
Com a condenação, Adriana perdeu o direito à herança, que passou a ser dividida entre a filha de Renê Senna, Renata Senna, e outros familiares. O caso segue como um dos episódios criminais mais repercutidos envolvendo ganhadores de loterias no Brasil.
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