Um novo ato contra o reajuste da tarifa do transporte coletivo está marcado para acontecer nesta segunda-feira (17), a partir das 18h, na centro de Curitiba. O evento, organizado pelo Facebook, tem a confirmação de quase 25 mil participantes até o começo desta tarde.

O III Ato em apoio ao Movimento Nacional contra o Aumento da Passagem acontece simultaneamente em várias capitais do país, incluindo São Paulo e Rio de Janeiro. Os protestos contam também com a participação de brasileiros que moram em outros paises. No exterior, 29 cidades já organizam mobilizações de apoio às reivindicações nacionais.

Na descrição do evento na capital, os organizadores afirmam que, entre as principais pautas e reivindicações, está a redução imediata da tarifa, repúdio à violência e a criminalização dos movimentos sociais e o passe livre estudantil.

O grupo responsável pelo protesto lembra aos participantes que os dois primeiros atos, bem mais tímidos, foram totalmente pacíficos, sem a presença da polícia e que o movimento de hoje seguirá esta mesma linha.

Uma enquete realizada na página do evento aponta que a grande maioria dos manifestantes irá participar da passeata pela conjuntura política e social que o Brasil se encontra.

Em relação ao número de pautas reivindicadas pelo movimento, Letícia Camargo, uma das organizadoras do ato, garante que o foco continua sendo o transporte coletivo e que as novas demandas acompanham o crescimento do grupo e da mobilização popular. Ela afirma que um movimento coletivo de debate do transporte público já trabalha há vários meses pela redução da passagem na capital e que a pauta de hoje não é uma novidade. Segundo ela, a decisão pela organização do ato desta segunda, em Curitiba, foi tomada na manhã de quinta-feira, logo após a violenta repressão das manifestações em São Paulo.

Motivados pelos acontecimentos recentes envolvendo o movimento de outras capitais, ela observa uma incapacidade dos governantes em dialogar com a população. A organizadora espera que em Curitiba os manifestantes sejam tratados de forma diferente.

Em nota, a Prefeitura de Curitiba afirma que se coloca à disposição dos organizadores das manifestações para discutir a segurança dos participantes e faz um convite para que uma reunião seja realizada às 14h30 desta segunda para discutir questões relativas ao evento. Os representantes do ato pretendem apresentar um manifesto e afirmam que o movimento continuará ocupando às ruas até que suas demandas sejam atendidas.