Ao invés de reclamar da situação, o McDonald’s resolveu agir. E foi desse jeito que, ao longo destes meses em que a pandemia do novo coronavírus tem atingido o país, muitas ações solidárias foram desenvolvidas pela empresa, que é uma das maiores do mundo. No Paraná, por exemplo, já foram doadas quase 4 mil refeições em nove cidades.
A ideia de chegar mais perto das pessoas num momento de afastamento veio logo no início da pandemia, quando o McDonald’s resolveu fechar as portas de seus salões, antes mesmo de qualquer orientação das autoridades.
“Começamos a nos perguntar como poderíamos ajudar as pessoas nesse momento tão complexo. Olhamos muito para a nossa especialidade, o que conseguiríamos fazer e contribuir para as pessoas. Nisso surgiu a ideia de estruturar ações de apoio à comunidade“, explicou Rozália Dal Gaudio, diretora de comunicação coorporativa da Arcos Dorados no Brasil.
A primeira medida que o McDonald’s fez foi criar um curso online para os profissionais do setor de alimentação, que têm sido afetados pela pandemia também. “Esse curso online, totalmente gratuito, foi uma forma de apoiarmos estes profissionais abrindo nosso conhecimento e passando um pouco sobre nossos protocolos. Teve uma grande participação de gente de todo o país”.
McDonald’s fez doações em massa em todo o Brasil
Depois do curso, o McDonald’s olhou com mais cuidado sobre de que forma conseguiria ajudar com doações efetivas. “Primeiro olhamos para os profissionais da saúde, que estão passando sufoco com toda essa pressão. Pensamos em, mais do que doar uma refeição, levar uma palavra de incentivo, de agradecimento“, contou Rozália, descrevendo que surgia, então, o movimento de doação dos combos para os profissionais da área de saúde.
Aos profissionais da saúde, foram doados muitos combos de lanches em vários hospitais do país, inclusive vários de Curitiba. “Nós nos desafiamos a transformar nossas cozinhas em cozinhas do bem. Na medida em que os funcionários preparavam os combos, eles também preparavam mensagens de carinho. E essa doação era feita a todos os funcionários, dos médicos aos profissionais da limpeza. A ideia foi mostrar que eles não estavam sozinhos“.
Logo depois, o McDonald’s fez uma ação com caminhoneiros, que estavam sendo afetados por conta da situação das estradas, com muitos restaurantes fechados. Em seguida, o olhar foi em direção a outros profissionais que também não puderam parar, assim como os caminhoneiros e agentes da saúde.
“Chegamos aos recicladores, que também não puderam parar, e também incluímos nas doações. ONGs que cuidavam de pessoas em vulnerabilidade também acabaram incluídas”, contou Rozália. Em todo o Brasil, o McDonald’s bateu a média de mais de 80 mil entregas dos combos dos lanches.
A última doação feita em Curitiba foi na sexta-feira (3), num projeto social da Cidade Industrial de Curitiba (CIC). Do começo das doações até agora, em todo o Paraná foram doadas 3.917 refeições em nove cidades: Curitiba, São José dos Pinhais, Colombo, Campo Largo, Cascavel, Ponta Grossa, Maringá, Londrina e Foz do Iguaçu.
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Mais de 50 toneladas de doação de alimentos em geral
Além das doações dos combos, que funcionou bem como uma forma de trazer um pouco mais de carinho aos profissionais, o McDonald’s foi além. “Ao olharmos para os produtos do nosso Centro de Distribuição, percebemos que podíamos ir além do que somente doar os lanches, e assim fizemos”.
Do Centro de Distribuição, o McDonald’s doou muitos ingredientes que poderiam fazer a diferença na vida de quem está definitivamente passando fome por causa da pandemia. “Batemos 50 toneladas de produtos doados entre carnes, legumes, frutas, ovos. Doamos diretamente do Centro às entidades que combatem a fome“, contou Rozália.
Essa grande ação, que foi repassada para o Brasil inteiro, visou colaborar de forma ainda mais direta às casas das pessoas afetadas pela pandemia. Destas 50 toneladas doadas, o braço do programa Mesa Brasil em Curitiba recebeu 4,5 toneladas de alimentos, que ajudaram muita gente a passar por este momento difícil com comida na mesa.
“Nossa ideia foi buscar uma saída solidária em nossa expertise. Em alguns casos a doação foi de um sanduíche, mas mais do que isso é o gesto de querer estar próximo e isso ampara muito no momento em que estamos vivendo, que é tão delicado e de muitas preocupações”.
McDonald’s se prepara para o ‘novo normal’
De todo o trabalho social desenvolvido nestes meses, o McDonald’s já tira uma lição, a de que o legado principal da pandemia, que ainda parece estar longe de acabar, é o de que a solidariedade tem que ser um caminho definitivo. “Estar junto, próximo, tem que ser definitivo. Do outro lado, como negócio, aprendemos que precisamos escutar muito as pessoas, estar ao lado delas e achar soluções mais convenientes para elas. Percebemos também o quanto podemos aprimorar algumas características que já tínhamos”, comentou Rozália.
Embora nenhum de nós saibamos ainda qual vai ser o tão falado ‘novo normal‘, o McDonald’s tem buscado se preparar. A rede de restaurantes, que fechou seus salões logo no início, aos poucos tem reaberto, mas tudo conforme as possibilidades de cada cidade. “Nossos funcionários também não puderam parar, mas por isso também pensamos na segurança deles. Por isso intensificamos trabalhos que já eram feitos, como os cuidados com a limpeza e todo o controle de segurança”.
A abertura dos restaurantes Brasil afora tem sido de forma gradual e varia conforme os decretos de cada cidade. “Se tem um decreto que libera, avaliamos e fazemos a reabertura, mas já avisamos aos clientes que as coisas não vão ser como eram antes. Os clientes vão, sim, encontrar um ambiente diferente”.
Em Curitiba, por exemplo, alguns restaurantes voltaram a abrir as portas para que os clientes possam pedir suas refeições de levá-las para a casa. Caso seja liberado o retorno a comer nos salões, o McDonald’s já tem se preparado para isso também. “Teremos muitas restrições de mesas, até mais do que as estabelecidas pelos decretos. Isso sem contar na limpeza, que também tem sido reforçada”.
