A ecobarreira instalada no Rio Atuba, em Colombo, na Região Metropolitana de Curitiba, tem chamado a atenção nas redes sociais e conquistado reconhecimento por sua atuação na contenção de resíduos descartados irregularmente no rio.

Criada em 2016 por Diego Saldanha, a estrutura passou por diversas adaptações e se tornou um exemplo de iniciativa independente voltada à preservação ambiental.
A ideia surgiu a partir da memória afetiva do idealizador com o rio, que já foi limpo e frequentado pela comunidade local.
“A ideia de construir a ecobarreira surgiu de uma memória afetiva que eu tinha com o Rio Atuba, né? Foi um rio que fez parte da infância de toda a população aqui há 30 anos atrás, era um rio limpo. Com o passar do tempo, o rio foi ficando sujo e hoje eu tenho filhos, né? Quero mostrar para eles que é preciso ter uma consciência ambiental melhor do que a nossa. Então a inspiração foi realmente essa, né?”, explicou Diego.
Estrutura passou por modificações
A estrutura passou por diversas modificações ao longo dos anos. Inicialmente construída com garrafas PET, foi aprimorada com o uso de canos de PVC até chegar à versão atual, que utiliza balsas e um sistema mais tecnológico.
“A estrutura da ecobarreira passou por várias etapas, né? Uma primeira feita muito simples de garrafa PET, daí depois foram com canos de PVC e até chegar na atual versão que tá agora com formato de balsas, né? Que é uma barreira totalmente mais tecnológica, tem uma esteira transportadora que leva o resíduo até o big bag. Então, hoje ela tá mais tecnológica, digamos assim, né? Então, ela passou por vários processos até chegar no que tá hoje”, detalhou.
Diego acompanha de perto o funcionamento da barreira e realiza manutenções diárias no equipamento.
“A ecobarreira existe e ela é como um filho para mim, né? Então, e todo dia eu tô lá. A não ser que eu esteja viajando por algum compromisso, ministrando alguma palestra ou algum outro trabalho fora da cidade, mas a não ser isso, todo dia eu tô lá cuidando, dando manutenção. Durante esses oito anos eu dedico a minha vida pelo projeto”, afirmou.
A popularidade da ecobarreira nas redes sociais tem impulsionado a visibilidade da iniciativa. Vídeos do projeto frequentemente viralizam e contribuem para ampliar o debate sobre a importância da preservação ambiental.
“O vídeo da ecobarreira que viralizou, eu acho que é o reconhecimento de todo o trabalho realizado, né? Hoje, quase todos os vídeos que a gente posta nas redes sociais viralizam porque as pessoas gostam de ver o trabalho sendo feito. A gente ultrapassa mais de dois milhões de seguidores em todas as redes sociais, né? Então, é ali que eu me apego e consigo tocar o projeto pra frente, porque as pessoas gostam muito e sempre compram muita ideia de limpeza do rio”, destacou.
O reconhecimento também se reflete no cotidiano de Diego, que recebe apoio da comunidade e de pessoas de diferentes regiões.
“Eu não só acho como eu tenho certeza, né? Hoje eu ando pelas ruas, eu tenho orgulho de ser reconhecido pelo trabalho de limpeza do rio. As pessoas me param, falam que se inspiram no projeto, que tentam fazer algo em casa para melhorar. Crianças gostam de visitar o meu projeto, a comunidade, que o projeto é aberto para receber visitas. E recebo o carinho do país todo e até pessoas de fora do país cumprimentam pelo trabalho realizado”, conta.
A ecobarreira segue como uma alternativa de contenção de resíduos e uma ferramenta de conscientização ambiental. O projeto continua incentivando a população a refletir sobre o impacto do descarte irregular e a importância da preservação dos recursos hídricos.
Veja a ecobarreira no Rio Atuba, em Colombo:
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