No discurso de abertura da Conferência do Clima das Nações Unidas (COP-30), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva pediu que os líderes mundiais acelerem as ações necessárias para conter o aumento da temperatura do planeta, voltou a defender um cronograma para superar a dependência dos combustíveis fósseis – que causam 75% do aquecimento global -, e sugeriu a criação de um conselho mundial sobre o tema.

Presdiente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, discursa na abertura da COP30 e, Belém (PA).
Lula discursa na cerimônia de abertura da COP30, em Belém. (Foto: Bruno Peres/Agência Brasil)

Lula criticou ainda os gastos com guerras e o negacionismo do aquecimento global. A fala do presidente abriu oficialmente a conferência em Belém (PA), no coração da Amazônia.

“Se os homens que fazem guerra estivessem aqui nessa COP, iam perceber que é muito mais barato colocar US$ 1,3 trilhão para acabar com o problema climático do que colocar US$ 2,7 trilhões para fazer guerra”, discursou Lula.

Crítica aos negacionistas do clima

Em seu discurso, Lula fez duras críticas aos que negam a ciência e usam a desinformação para contrariar as evidências trágicas das mudanças no clima global. Ele repetiu fala anterior de que a COP30 será a “COP da verdade”.

“Na era da desinformação, os obscurantistas rejeitam não só as evidências da ciência, mas também os progressos do multilateralismo. Eles controlam algoritmos, semeiam o ódio e espalham o medo. Atacam as instituições, a ciência e as universidades. É momento de impor uma nova derrota aos negacionistas. Sem o Acordo de Paris, o mundo estaria fadado a um aquecimento catastrófico de quase cinco graus até o fim do século. Estamos andando na direção certa, mas na velocidade errada”, afirmou.

Aquecimento global

Citou tragédias climáticas recentes para falar sobre a necessidade de avançar na ações para responder a esses eventos. Lula mencionou o tornado que atingiu o Paraná e deixou 6 mortos.

“A mudança do clima já não é uma ameaça do futuro, é uma tragédia do presente. O furacão Melissa que fustigou o Caribe, e o tornado que atingiu o estado do Paraná no sul do Brasil, deixaram vítimas fatais e um rastro de destruição”.

*Com informações da Agência Brasil

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Sérgio Luis de Deus

Editor

Jornalista formado pela PUCPR com 25 anos de carreira. Especializado em política, economia e cotidiano. Pós-graduado em Sociologia Política pela UFPR e em Planejamento/Gestão de Negócios pela FAE

Jornalista formado pela PUCPR com 25 anos de carreira. Especializado em política, economia e cotidiano. Pós-graduado em Sociologia Política pela UFPR e em Planejamento/Gestão de Negócios pela FAE