Curitiba - As obras de revitalização do molhe do balneário de Pontal do Sul, em Pontal do Paraná (Litoral do estado), alcançou 92% de conclusão e deverá ser entregue dentro de 15 dias, segundo boletim do Instituto Água e Terra (IAT), responsável pelo acompanhamento da execução.

Obras de revitalização do molhe de Pontal do Sul, em Pontal do Paraná
Obras de revitalização do molhe de Pontal do Paraná terminam neste mês. (Foto: Cauê Mendes/Prefeitura de Pontal do Paraná)

A estrutura de pedra, localizada na desembocadura do Canal Artificial do Departamento Nacional de Obras e Saneamento (DNOS), é fundamental para o desassoreamento do canal, reduzindo a erosão e facilitando a navegação no local. É por ali que pescadores, embarcações particulares e barcos de turistas partem e atracam todos os dias de locais como a Ilha do Mel e Paranaguá.

O projeto é feito com um investimento do governo do estado de R$ 9,4 milhões e contrapartida da prefeitura de Pontal de R$ 496 mil. O projeto contempla:

  • Nova cota de coroamento para evitar galgamentos (quando a água do rio invade a estrutura de contenção);
  • Ampliação da largura para passagem de maquinário;
  • Ajuste dos taludes;
  • Alteração no comprimento e implementação de headland.

No processo, segundo o IAT, foram aplicados 40.399,49 metros cúbicos de pedras, o equivalente a 60.599,235 toneladas transportadas por 2.395 caminhões.

A obra prevê ainda a instalação de sinalização náutica e a construção de uma passarela de 150 metros sobre o molhe.

“Essas obras são fundamentais para conter a erosão naquela área, já que as estruturas dissipam a energia das ondas e ajudam a manter um fluxo contínuo de saída do canal de drenagem DNOS em direção ao mar”, explica o engenheiro civil da diretoria de Saneamento Ambiental e Recursos Hídricos do IAT, Roberto Machado Correa.

O secretário municipal do Meio Ambiente, Agricultura e Pesca de Pontal do Paraná, Jackson Cesar Bassfeld, aponta que após a conclusão da aplicação das pedras restam apenas intervenções mais pontuais para o término do projeto.

“As obras estão a todo vapor, restando para conclusão apenas o acabamento do molhe, como calçamento, bancos, iluminação e sinalização náutica. Esperamos entregar para a população a tempo do aniversário do município, em 20 de dezembro”, afirma.

Junto das melhorias nas áreas de contenção da erosão e drenagem, as obras têm o potencial de trazer outros benefícios ambientais para a região. A estrutura melhora, por exemplo, a dispersão da água do canal para o mar aberto, reduzindo a concentração de poluentes oriundos da drenagem urbana que atualmente se acumulam perto da costa.

Além disso, com o maior fluxo e troca de água, há melhor oxigenação, diminui episódios de eutrofização (enriquecimento excessivo de corpos d’água com nutrientes, principalmente nitrogênio e fósforo).

As intervenções também poderão aprimorar os habitats marinhos da região. As pedras do molhe funcionam como recifes artificiais, oferecendo abrigo para diversas espécies de invertebrados e, com a fixação de algas e organismos filtradores, há incremento da base alimentar na localidade.

A maior disponibilidade de alimento e refúgio atrai peixes residentes e migratórios, aumentando assim a diversidade e biomassa local, ampliando a biodiversidade costeira.

Obras de requalificação da orla de Pontal

A revitalização do molhe não é a única intervenção que está sendo executada em Pontal do Paraná. Em agosto, o governo do estado emitiu a Licença de Instalação, que permitiu o início das obras da primeira fase da requalificação da orla do município, com a revitalização de 3,66 quilômetros de extensão entre os balneários de Monções e Canoas.

As melhorias nesta etapa inicial incluem novo calçamento, pista para corrida, ciclovia, quiosques e áreas de lazer. Além do viés esportivo e de lazer, estão previstas melhorias na acessibilidade, como sinalizações, passarelas para pedestres e demais dispositivos. A execução é do Consórcio Orla de Pontal, vencedor da licitação, com investimento do Governo do Estado de R$ 34,5 milhões e prazo de execução de 13 meses.

A segunda fase do projeto também está em andamento. O IAT emitiu em março a Licença Prévia (LP) para o trecho de 2,77 quilômetros entre os balneários de Santa Terezinha e Ipanema. A proposta prevê obras de saneamento e infraestrutura, incluindo a requalificação e continuação da via beira-mar, calçadões, 13 lounges urbanos, três quiosques e três passarelas de acesso à praia.

*Com informações da Agência Estadual de Notícias

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Sérgio Luis de Deus

Editor

Jornalista formado pela PUCPR com 25 anos de carreira. Especializado em política, economia e cotidiano. Pós-graduado em Sociologia Política pela UFPR e em Planejamento/Gestão de Negócios pela FAE

Jornalista formado pela PUCPR com 25 anos de carreira. Especializado em política, economia e cotidiano. Pós-graduado em Sociologia Política pela UFPR e em Planejamento/Gestão de Negócios pela FAE