Graças a mobilização popular, Curitiba vai ganhar mais um espaço público de lazer e conservação. Os procedimentos e o projeto para a criação da unidade de conservação no Bosque Gomm, no bairro Batel, estão sendo definidos pela Prefeitura, em conjunto com o movimento Amigos do Parque Gomm e moradores da região. A nova unidade, terá uma trilha educativa anexa ao bosque e espaço para atividades artísticas. Ainda não há prazo definido para início das obras.

Neste sábado, o movimento Salvemos o Bosque da Casa Gomm, promoveu uma série de atividades culturais no local para comemorar a conquista.

O bosque fica entre as ruas Hermes Fontes, Desembargador Costa Carvalho e Francisco Rocha. A mobilização da comunidade em torno da preservação do bosque começou no ano passado, com a discussão sobre uma obra viária que fazia parte do projeto de construção do Shopping Pátio Batel, vizinho ao local. Na época, para aliviar o trânsito na região, a prefeitura sugeriu a construção de uma via que atravessaria a área verde. Como resultado da pressão popular, a obra prevista originalmente foi substituída por um acesso para emergências e com utilização restrita e nasceu a ideia da unidade de conservação.

“Este processo é a prova de que o poder público e a sociedade civil organizada podem desenvolver ações em conjunto e chegar a soluções positivas para ambos”, afirma o secretário municipal de Meio Ambiente. Renato Lima.

O consenso em torno da área surgiu depois de diversas reuniões entre integrantes do movimento, técnicos da Secretaria Municipal de Meio Ambiente e do Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano de Curitiba (Ippuc). “Nossa intenção é de que o bosque seja gerido em conjunto com a comunidade, incentivando a participação popular e contribuindo para evitar o vandalismo”, diz  Lima.

Casa Gomm

A área onde será implantada a nova unidade de conservação abriga uma casa construída em 1913. Conhecida como Casa Gomm, a construção de dois pavimentos e sótão da Casa Gomm, além do seu entorno, são tombados pelo Processo 04/1988, do Conselho Estadual de Patrimônio Histórico e Artístico (CEPHA). Originalmente, o imóvel centenário ocupava o espaço onde foi erguido o novo shopping, e foi removido para um fundo de vale no mesmo terreno.