O modelo “indique e ganhe”, popular entre empreendedores, tem sido adotado por grandes empresas e vem se consolidando como uma das estratégias mais eficientes para reduzir custos e gerar vendas qualificadas. Na Beeviral, startup especializada no modelo, o sistema promete diminuir em até 30% o custo de vendas, combinando tecnologia e comportamento humano.

Mulher com tablet.
Beeviral automatiza processos e proporciona agilidade ao mercado (Foto: ilustração/ Freepik)

O avanço do ‘programa’Indique e Ganhe’ está ligado a dois fatores: a saturação dos anúncios pagos e a maior confiança dos consumidores em recomendações pessoais. A redução dos custos, explica o CEO (diretor) da Beeviral, Marcelo Pereira, acontece em dois pontos centrais: aquisição e eficiência.

“Quando um cliente chega por indicação, o custo de mídia é praticamente nulo. Você não precisa disputar leilão de anúncios nem investir em campanhas massivas”, afirma o CEO.

O ciclo de decisão também se encurta, já que o novo cliente chega com confiança transferida de quem indicou, reduzindo ‘follow-ups’, tempo de negociação e o custo total de aquisição. Segundo o executivo, empresas que ativam sua base de clientes como canal de vendas chegam a diminuir em até 30% seus custos.

83% das marcas afirmam estar dispostas, mas poucas estruturam o processo

Para transformar o velho boca a boca em uma ferramenta escalável, a Beeviral aposta na tecnologia. A plataforma permite criar programas customizados, definir recompensas, rastrear indicações e identificar fraudes, tudo em tempo real.

Apesar do interesse dos consumidores em recomendar marcas, 83% dizem estar dispostos a indicar, segundo estudo citado pelo CEO, poucas empresas estruturam o processo.

“As pessoas até têm vontade de indicar, mas falta clareza de como fazer, qual benefício terão e qual retorno a marca dá”, explica Marcelo.

Fechando negócio.
Modelo indique e ganhe é utilizado internacionalmente (Foto: ilustração/ Freepik)

Para o CEO, o problema é a falta de profissionalização e mensuração.

“Se a empresa não mede nem recompensa, o engajamento não acontece. Quando o programa é estruturado, com regras claras e automação, esse potencial se transforma em resultado real”, alega o diretor.

Confiança que vem das pessoas por meio do modelo ‘Indique e Ganhe’

O CEO destaca que o comportamento do consumidor mudou. Para Marcelo, a confiança do consumidor deixou de estar nas marcas e passou para as pessoas, já que muitos confiam mais em amigos e comunidades do que em campanhas publicitárias.

Também ressalta que a reputação das empresas hoje é construída de forma descentralizada e que investir em indicações significa apostar em relacionamento e ‘advocacy’, transformando clientes satisfeitos em defensores espontâneos da marca.

O modelo une o comportamento humano e inteligência de dados. A Beeviral consegue escalar o boca a boca sem perder o controle.

Marketing de indicação não é marketing multinível

O executivo faz questão de diferenciar o marketing de indicação (MGM) do marketing multinível. Enquanto o multinível envolve recrutamento em cadeia, o MGM é um modelo direto, transparente e controlado pela marca.

“No marketing de indicação, o incentivo está atrelado à ação real de compra de um novo cliente, e não à criação de uma rede de revendedores. É uma estratégia legítima de crescimento, usada por empresas como Uber, iFood e bancos digitais, centrada em recompensar a confiança, não a revenda”, explica Marcelo.

Notebook.
Lacta utiliza modelo indique e ganhe (Foto: ilustração/ Freepik)

Cases de sucesso com o modelo Indique e Ganhe

Segundo o CEO, o diferencial dessas empresas não foi o desconto, mas a qualidade do produto, que tornava a recomendação natural. Ele também explica que o aumento no custo de mídia digital tem levado empresas a buscarem alternativas mais sustentáveis, destacando que o modelo ‘Indique e Ganhe’ é naturalmente rentável.

“Enquanto campanhas de Ads dependem de orçamento contínuo, o MGM cria um canal de vendas sustentável, alimentado pela base de clientes. É o que chamamos de crescimento previsível”,

Marcelo finaliza afirmando que programas bem-sucedidos têm propósito claro, comunicação alinhada e recompensas atrativas.

*Com supervisão de Guilherme Fortunato 

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Alana de Abreu

Estagiária de jornalismo

Aspirante a jornalista, Alana se dedica ao jornalismo investigativo, além de se especializar nas editorias de Cultura, como agenda de shows e listas 'de que fazer' na cidade, e de Entretenimento. Atualmente no quinto período de Jornalismo na Universidade Positivo, iniciou sua trajetória há 2 anos, começando como produtora de audiovisual.

Aspirante a jornalista, Alana se dedica ao jornalismo investigativo, além de se especializar nas editorias de Cultura, como agenda de shows e listas 'de que fazer' na cidade, e de Entretenimento. Atualmente no quinto período de Jornalismo na Universidade Positivo, iniciou sua trajetória há 2 anos, começando como produtora de audiovisual.