Número de moradores em situação de rua cresce 8,5% em cinco meses em Curitiba, diz UFMG
Ao circular pelas ruas de Curitiba é possível perceber o crescimento de moradores em situação de rua. No Brasil, a população vivendo nas ruas cresceu 16% entre dezembro de 2021 e maio de 2022, segundo levantamento da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). Na capital paranaense em cinco meses, esse número cresceu 8.5%, conforme o estudo divulgado na semana passada pela universidade.
De acordo com o levantamento da UFMG, em dezembro de 2021, o município tinha 2.782 pessoas registradas no Cadastro Único para Programas Sociais (CadÚnico). Números que fazem de Curitiba a sétima capital com o maior número de pessoas em situação de rua do país.
O ranking das capitais é liderado por São Paulo, com 42.240 pessoas em situação de rua. Seguido pelo Rio de Janeiro, com 10.624 e Belo Horizonte-MG com 10.624. A capital paranaense lidera esse levantamento entre as capitais do sul do país. Porto Alegre é a oitava no ranking com 2.363 pessoas em situação de rua e Florianópolis é a décima com 1.498.
De acordo com a Prefeitura de Curitiba, a população de moradores em situação de rua dos últimos 12 meses na cidade é 1.191, segundo o último levantamento feito pelo município em fevereiro. O executivo municipal considera que muitas das pessoas registradas no levantamento da UFMG podem ter migrado para outras cidades.
Dos dados divulgados pela prefeitura, 92% dessa população é formada por homens e apenas 8% são mulheres. A maioria na faixa etária entre 30 a 59 anos, que formam 78,1% do total. A faixa etária com 60 anos ou mais é de 7,9% e a de 29 anos é de 14%. Podendo esse número mudar já no próximo mês com um novo levantamento.