Maringá - Um motorista que presta serviços de guincho à Secretaria de Mobilidade Urbana (Semob) de Maringá, no norte do Paraná, denunciou ter sido vítima de injúria racial durante uma remoção de veículo.

De acordo com Fernando de Oliveira Alves, a equipe foi acionada pela Guarda Civil Municipal para retirar um carro estacionado irregularmente em uma vaga de carga e descarga. Como o proprietário não foi localizado, o veículo precisou ser recolhido. Ao chegar ao local, Fernando conta que foi hostilizado por um homem que sequer tinha relação com o automóvel.
“Chegando lá pra fazer os procedimentos para remover o veículo, dois irmãos começaram a filmar a equipe. Um dos agentes questionou um deles, ele já cresceu a crista, começou a ficar bravo, começou a endoidar. Aí veio me filmar, começou a discussão, fez gesto obsceno e me chamou de macaco. Tinha muita gente perto, muita testemunha viu”, relatou.
A Semob reforçou que o recolhimento do veículo seguia procedimento padrão diante da irregularidade e da ausência do proprietário no local.
Agentes de trânsito dão voz de prisão após episódio de injúria racial em Maringá
O autor das ofensas recebeu voz de prisão no local e foi detido em flagrante. Ele permanece preso. O crime de injúria racial é inafiançável, com pena prevista de dois a cinco anos de reclusão, em regime inicialmente fechado.
Segundo Fernando, o irmão do suspeito tentou conversar com ele para que a queixa fosse retirada, o que não ocorreu.
“Ele não tinha nada a ver com o carro, não era dono do veículo nem nada. Quis caçar confusão. A gente vê muito isso por aí, mas nunca acha que vai acontecer com a gente”, lamentou.
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