
Segundo a polícia, somente após a conclusão do documento será possível saber se o jovem deverá ou não responder pelo acidente que matou a mulher grávida
O motorista Jonatas Aparecido Ferreira que estava na direção do caminhão que tombou, na quinta-feira (25), na Rodovia Régis Bittencourt, em Cajati, São Paulo, não será indiciado até que o laudo sobre as causas do acidente seja finalizado. Segundo a polícia, somente após a conclusão do documento será possível saber se o jovem deverá ou não responder pelo acontecimento na Justiça. Caso nenhuma irregularidade seja constatada, ele não será incriminado.
Investigações sobre acidente na Rodovia Régis Bittencourt
De acordo com o delegado Bruno Assis, Jonatas prestou depoimento assim que recebeu alta médica e foi liberado na sequência. O laudo que indicará a causa do acidente deve sair em até 30 dias e ele só será ouvido novamente caso seja comprovada alguma imprudência como excesso de velocidade ou de carga. Durante as investigações, testemunhas também serão ouvidas e caso alguma delas aponte algo mais grave, também será um motivo para que Jonatas volte a depor.
Na ocasião, o motorista disse não lembrar nada a respeito do acidente e que teria conhecido Ingrid Irene Ribeiro, de 20 anos, em um posto de combustível em São José dos Pinhais, na Região Metropolitana de Curitiba.
Ainda segundo o responsável pelo caso, a princípio a polícia investiga um homicídio culposo, no entanto, o laudo e o depoimento das testemunhas deverão auxiliar na conclusão do inquérito. Caso a situação de imprudência seja confirmada, o motorista poderá responder por homicídio culposo qualificado e caso não seja constatada nenhuma culpa de sua parte, ele não precisará responder pelo acidente na Justiça.

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Acidente que provocou o parto da mulher grávida
Na quinta-feira (26), por volta das 12h35, Ingrid sofreu um grave acidente de trânsito no estado de São Paulo. Após pegar carona com Jonatas em um posto de combustível em São José dos Pinhais, no Paraná, o caminhão carregado com tábuas de madeira tombou, ejetando a mulher grávida para fora do veículo. Ela morreu na hora enquanto o bebê foi expelido de dentro da sua barriga e conseguiu sobreviver.
O caso foi tratado como um milagre pelos socorristas que atenderam a ocorrência e encontraram a criança chorando, ainda ligada à mãe pelo cordão umbilical, embaixo dos pedaços de madeira no meio da rodovia. “Eu fiquei perplexo! Foi um milagre, pelas condições que estava a mãe”, disse o médico ao portal de notícias R7.
Jonatas também ficou ferido e precisou ser encaminhado a um hospital na região.
Bebê que sobreviveu a acidente é entregue à família
A criança recebeu alta médica na tarde desta segunda-feira (30) e foi entregue a sua família materna que vive em São José dos Pinhais. De acordo com o pai de Ingrid, além do recém-nascido, a jovem tem outros dois filhos pequenos que também estão sob os cuidados dos familiares.
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Mãe recebia acompanhamento do Conselho Tutelar
Informações obtidas pela equipe de reportagem da RICTV | Record TV revelam que a mãe da criança vivia no bairro Barro Preto, em São José dos Pinhais, e fazia o pré-natal na UBS Caic. Ela deveria ganhar a bebê na maternidade de São José dos Pinhais e já recebia atendimento por ter uma gestação de alto risco.
Ingrid foi atendida desde o início da adolescência pelo Conselho Tutelar da cidade por conta do envolvimento dela com as drogas. A moça chegou a ser internada no interior do Paraná para ser tratada, onde ficou por nove meses. Segundo a conselheira tutelar, atualmente ela estava bem. Vivia com uma pessoa, mas teve uma recaída.
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