Desde o começo de março foram demitidas 44 pessoas, afirma o sindicato da categoria

Motoristas e cobradores de ônibus da empresa Araucária, que administra as linhas de transporte coletivo no município, paralisaram suas atividades por uma hora na manhã desta terça-feira (24). De acordo com informações do Sindicato dos Motoristas e Cobradores de Curitiba e RMC (Sindimoc), os trabalhadores protestavam contra o atraso no pagamento das verbas rescisórias, conforme determina a lei, de 16 funcionários que foram demitidos recentemente.

Desde o começo de março foram demitidas 44 pessoas, afirma o sindicato. A paralisação afetou mais de 80 linhas de ônibus que atendem os bairros da região e fazem a interligação com Curitiba.

“Motoristas e cobradores não vão aceitar que trabalhadores sejam despedidos sem receber a verba a que têm direito por lei”, afirma o presidente do Sindicato dos Motoristas e Cobradores de Curitiba (Sindimoc), Anderson Teixeira.

O Sindeesmat, sindicato que representa os outros 28 empregados demitidos, de escritório e oficina, fez acordo com a empresa, com intermediação do Ministério Público do Paraná, para que a rescisão seja paga parceladamente.

Outro lado

Em nota, o Sindicato das Empresas de Ônibus de Curitiba e Região Metropolitana (Setransp) afirmou que com a desintegração do sistema de transporte coletivo, a Araucária TC vem sofrendo perdas, como a evasão de até 30% da receita nos dois terminais de Araucária em função de passageiros pulando a catraca e a falta de parte do pagamento de subsídios por parte do governo do Estado, o que comprometeu o caixa da empresa.

O comunicado afirma que a Araucária TC entrou nesta terça-feira (24) com um pedido no Ministério Público do Trabalho (MPT) requerendo um encontro de conciliação com o Sindicato dos Motoristas e Cobradores de Ônibus de Curitiba e Região Metropolitana (Sindimoc), para encontra uma solução para o pagamento das rescisões dos 16 funcionários desligados recentemente.