Após assembléia realizada pelo Sindicato dos Motoristas e Cobradores de Ônibus de Curitiba e Região Metropolitana (Sindimoc), na noite desta terça-feira (25), na Praça Rui Barbosa, trabalhadores do transporte coletivo aprovaram greve. A paralisação começa a partir da meia-noite desta quarta-feira (26). O evento do sindicato reuniu cerca de 3 mil pessoas.
Em entrevista ao jornalista Tiago Silva, da RIC TV Record, o presidente do sindicato, Anderson Teixeira, disse que 100% da categoria votou pela greve. “Nós estamos sinalizando com a possibilidade dessa paralização há algum tempo, estamos fazendo as reivindicações, no entanto não houve diálogo e tivemos que nos posicionar desta maneira”, criticou.
Durante a tarde, a juíza Anelore Rothenberger Coelho, da 18ª Vara do Trabalho de Curitiba, havia atendido parcialmente o pedido de medida cautelar apresentado pela Urbs, garantindo que pelo menos 70% dos ônibus permaneçam em operação nos horários de pico e 40% nos demais horários.
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Anderson Teixeira afirmou que “o Sindimoc não foi notificado sobre essa determinação judicial” e que, a partir de meia-noite, param todos os ônibus, inclusive os “madrugueiros”. “Se nós formos notificados, é claro que teremos que atender o pedido. Mas por enquanto, a cidade deve amanhecer sem ônibus”, disse.
Entre as reivindicações, a pauta da categoria pede melhor ambiente de trabalho, reajuste de R$ 150 no vale-alimentação, melhores condições para os cobradores das estações-tubo e o dobro no valor das horas-extras. Os pedidos da classe ainda incluem ganho real de 16% para motoristas e 22% para cobradores, além da correção da inflação pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC).
