Motoristas e cobradores da empresa de ônibus Nossa Senhora do Carmo, localizada na Linha Verde, em Curitiba, cruzaram os braços na madrugada desta segunda-feira (14). Das 4 às 5h40min, os funcionários realizaram uma manifestação em frente ao local. Cerca de 70 veículos foram mantidos nas garangens, voltando a circular apenas após o término do protesto.

Segundo o diretor do Sindicato de Motoristas e Cobradores de Curitiba (Sindimoc), Ricardo Ribeiro, os trabalhadores  reclamam de assédio moral por parte de representantes da gerência da empresa e se incomodam com o fato de muitos ônibus circularem sem seguro. “A ausência de seguro faz com que, em casos de acidentes, os motoristas, que ganham cerca de R$ 1.800,00 mensais, tenham que arcar com os prejuízos. Durante o protesto, montamos uma pauta de reivindicações. Vamos encaminhá-la ao Ministério Publico”, diz Ricardo.

No início da manhã desta segunda-feira, a equipe de reportagem do portal RIC Mais tentou contato com representantes da empresa Nossa Senhora do Carmo, mas não obteve retorno.

En nota, o Sindicato das Empresas de Transporte Urbano e Metropolitano de Passageiros de Curitiba e Região Metropolitana (Setransp) informa que houve atraso na saída de ônibus da garagem da Auto Viação São José Filial, das 3h45 às 5h20 desta segunda-feira (14), com reflexo no cumprimento de horários no início desta manhã.

O Setransp afirma no comunicado que não existe obrigação legal para a contratação de seguro contra danos materiais, sendo facultativa a cada empresa e que motoristas eventualmente podem vir a ressarcir dano, prejuízo ou multa se for comprovado o dolo ou a culpa deles após o esgotamento de todos os recursos de defesa, conforme preveem há muitos anos as convenções coletivas de trabalho.