A nova assembleia da categoria acontece no final da tarde desta segunda-feira (09) na Praça Rui Barbosa, no Centro de Curitiba. No encontro, os trabalhadores decidem sobre as novas propostas discutidas em reunião de última hora, convocada pelo Ministério Público do Trabalho (MPT-PR), com as empresas de ônibus que operam o transporte público de Curitiba. Caso os motoristas e cobradores não aceitem as propostas, a cidade de Curitiba fica sem ônibus já nesta terça-feira (10).
A greve estava prevista para começar hoje (09), mas o Sindicato dos Motoristas e Cobradores de Curitiba e Região Metropolitana (Sindimoc) decidiu retirar o indicativo de greve que havia sido proposto anteriormente após a reunião da última sexta-feira.
Foi sugerido que as considerações da audiência no TRT, realizada na quinta (05), fossem adotadas e acompanhadas das exigências de estabelecer a data base para o dia primeiro de fevereiro de 2015; reajuste salarial no valor de 9%; vale alimentação de R$ 415; abono salarial de R$ 350; determinação de datas máximas para o pagamento de reajustes e parcelas devidas aos trabalhadores e ao Sindimoc pelo Setransp e ressarcimento do desconto dos dias não trabalhados durante a greve. O Sindicato das Empresas de Transporte Urbano e Metropolitano de Curitiba e Região (Setransp) também retirou a proposta para modificar o anuênio de 2% recebido pela categoria.
Esse foi o principal ponto para o fracasso das negociações que começaram nesta quinta-feira (5). As empresas de ônibus pretendiam limitar em oito anos a sua concessão, sem prejuízo aos funcionários que já recebem o benefício há mais tempo. Já o Sindimoc alegou não fazer sentido limitar o benefício, uma vez que o contrato de concessão do transporte assinado em 2010 já previa o pagamento.
Proposta rejeitada
Na última quarta-feira (4), motoristas e cobradores rejeitaram por unanimidade a proposta feita pelo patronal que oferecia como reajuste salarial apenas o equivalente à inflação acumulada no ano (fev/14 – jan/15), conforme o INPC (Índice Nacional de Preços ao Consumidor), de 7,13%. Durante mais de um mês, uma dezena de reuniões foi feita sem que Setransp fizesse proposta alguma, sob pretexto das dificuldades decorrentes da desintegração do transporte coletiva da região metropolitana.