Motoristas e cobradores dos ônibus da empresa CCD, que circulam em 70 linhas de Curitiba e Região Metropolitana, paralisaram suas atividades durante duas horas e meia na manhã desta quarta-feira (21) para protestar pelo atraso no vale salarial, referente ao valor de 40% do pagamento. De acordo com o Sindicato dos Motoristas e Cobradores de Curitiba e Região Metropolitana (Sindimoc), mais de 80% das empresas não pagaram o adiantamento dos funcionários. A manifestação terminou após a promessa de que os valores seriam depositados nas contas dos trabalhadores ainda essa semana. Segundo o sindicato, se o pagamento não acontecer até a sexta-feira (23), os trabalhadores do transporte coletivo entrarão em greve na segunda-feira (26).
De acordo com o Sindimoc, o transporte coletivo da capital paranaense tem sido alvo de tensão devido ao não pagamento do subsídio que o governo do Estado destina ao transporte coletivo da região metropolitana. O atraso de R$ 16,7 milhões fez com que os salários de dezembro e janeiro de quatro mil trabalhadores fossem atrasados, gerando paralisações em janeiro desse ano.
Ainda segundo o Sindimoc, as empresas Campo Largo, Marechal, Araucária, Tamandaré e Glória não têm previsão para o pagamento do montante devido, que é de R$ 725,00 para motoristas e R$ 410 para cobradores.
Outro lado
Segundo comunicado do Sindicato das Empresas de Ônibus de Curitiba e Região Metropolitana (Setransp), a dívida nos repasses da Urbanização de Curitiba (Urbs) e da Coordenação da Região Metropolitana de Curitiba (Comec) para as empresas estava calculada ontem em R$ 15,2 milhões e que multas empresas não conseguiram pagar o adiantamento em razão deste débito.
De acordo com o Setransp, na segunda-feira (19), as empresas já haviam emitido nota informando que o pagamento do vale dependia da solução do impasse entre os poderes públicos estaduais e municipais.
Confira a reportagem exibida no programa Paraná no Ar: