A Força Nacional de Segurança observou que haveria compatibilidade genética entre uma mulher em coma há 21 anos e uma criança desaparecida em fevereiro de 1976, em Guarapari, no Espírito Santo, quando tinha 1 ano e nove meses de idade. A descoberta veio depois que “Clarinha”, que chegou ao Hospital da Polícia Militar (HPM) em 2000, passou por um processo de comparação facial e buscas em bancos de dados de pessoas desaparecidas com características físicas.
Com as buscas, a equipe do Ministério da Justiça observou que haveria compatibilidade com uma criança desaparecida em fevereiro de 1976, em Guarapari. Na época dos fatos, a família dela, que é de Minas Gerais, passava férias no Estado.
Foi solicitada a realização de exame de reconhecimento facial por uma empresa especializada no trabalho, localizada no Paraná, além do perfil genético de “Clarinha”, para a confirmação das semelhanças físicas com a menina desaparecida. Depois, o Ministério Público enviou o material genético de “Clarinha” para a Polícia Civil de Minas Gerais, que mantém arquivado o perfil genético dos pais da criança desaparecida em Guarapari.
Segundo a Folha Vitória, a investigação ainda aguarda o posicionamento da Polícia Civil mineira.
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O desaparecimento
“Clarinha” foi atropelada no Centro de Vitória, no Espírito Santo. Na ocasião, não foram encontrados documentos ou pessoas que a reconhecessem. De acordo com relatos de testemunhas, ela estava fugindo de um perseguidor, também não identificado, e correu para o meio de uma avenida movimentada, onde foi atropelada por um ônibus.
Com danos severos no cérebro que impediram que ela voltasse de um coma profundo, “Clarinha” ganhou este apelido das enfermeiras e cuidadoras do HPM, onde está até hoje.
Buscas pela família
O Ministério Público do Espírito Santo (MPES) logo iniciou o processo de identificação assim que o Hospital da Polícia Militar sinalizou a situação de “Clarinha”. O caso tomou repercussão nacional em 2016 e 102 famílias procuraram o MPES tentando identificar “Clarinha” como uma possível parente desaparecida. Desse total, 22 casos apresentaram fotos com similaridade dos dados do perfil de “Clarinha”.
