
Aulas serão nos dias 11 e 12 de março, em Curitiba, e independem de preparo físico
Em março, mês de comemoração do Dia Internacional da Mulher, a Federação Sul Americana de Krav Maga (FSAKM) vai realizar, em todo o Brasil, treinamentos gratuitos da defesa pessoal israelense. A ideia é sensibilizar a mulher sobre a importância do combate à violência e mostrar que ela pode ser parte ativa da prevenção desse tipo de problema, crescente no Brasil.
Os treinamentos da Federação Sul Americana de Krav Maga serão destinados às mulheres maiores de 14 anos, independentemente de preparo físico ou de habilidade para artes marciais ou esportes.
A Federação espera mais de 10 mil mulheres em mais de 90 pontos de treinamento em todo o país.
Os treinamentos serão realizados em Curitiba nos dias 11 de março, das 14h às 18h, no Centro de Krav Maga do Paraná, e no dia 12 de março, das 8h às 12h, na CWB Defense. Para participar, é necessário cadastramento pelo e-mail [email protected].
A procura tem sido tanta que foram abertas novas aulas, informou ao RIC Mais, nesta terça-feira (1o), a instrutora Fernanda Madlener, do Centro de Krav Maga do Paraná. Os treinamentos extras serão das 18h às 22h no Centro e das 13h às 17h no CWB Defense.
“Nosso objetivo é que as mulheres percebam que elas podem se prevenir contra a violência, mudando a forma com que lidam com o medo e sua autoestima”, afirma o israelense Grão-Mestre Kobi Lichtenstein, faixa-preta (8º Dan), introdutor do Krav Maga no Brasil e fundador da FSAKM.
30% das praticantes são mulheres
Desenvolvido em Israel, na década de 40, por Imi Lichtenfeld, o Krav Maga não é uma arte marcial e sim a uma modalidade reconhecida como arte de defesa pessoal. Foi criado para que, a partir do treinamento adequado, qualquer pessoa – independentemente de sua idade, sexo ou forma física – possa se defender de um ou mais agressores, armados ou não, usando técnicas simples e eficazes.
Em 2016, mais de 5 mil mulheres passaram por esse treinamento, e para este ano a expectativa é ainda maior. Os treinamentos serão realizados em diversos estados brasileiros simultaneamente, assim como no Peru e na Argentina, onde a FSAKM tem instrutores habilitados.
Hoje, 30% dos praticantes de Krav Maga em todo o Brasil são mulheres, e há um esforço da FSAKM para mostrar ao público feminino que a pratica do Krav Maga se difere dos esportes de luta. Trata-se, argumenta a FSAKM, de um modo de melhorar a percepção, de adquirir um comportamento mais atento nas ruas, em locais públicos ou mesmo em casa, quando há uma situação de risco com um parceiro agressor, por exemplo.
Quando as mulheres descobrem que, apesar de não terem a mesma força física do homem, elas são capazes de se defender de forma simples, com movimentos rápidos e eficientes, elas adquirem confiança, se não para se defenderem, ao menos para efetuarem uma denúncia.