De acordo com decisão do Tribunal Regional do Trabalho da 9ª Região, 50% da fota do transporte coletivo de Curitiba e Região Metropolitana deve estar operando nos horários de maior movimento desta quinta-feira (27), segundo dia da greve dos motoristas e cobradores de ônibus.

No final da tarde desta quarta-feira, o Sindimoc orientou que os trabalhadores do transporte cumprissem a determinação judicial que mandava 40% da frota voltar a operar. Segundo o presidente do sindicato, Anderson Teixeira, empresas de ônibus vão adequar a escala fornecida pela Urbs para viabilizar o da frota nos horários de pico.

A medida foi tomada após o pedido assinado pela desembargadora Ana Carolina Zaina, que fixou uma multa diária no valor de R$ 100 mil em caso de descumprimento. A reunião na sede do TRT ainda continua para definir um acordo em relação ao reajuste salarial dos trabalhadores do transporte coletivo. O Sindimoc pede melhores condições de trabalho,  reajuste de R$ 150,00 no vale-alimentação e o dobro no valor das horas-extras. Além disso, a categoria quer ganho real de 16% para motoristas e 22% para cobradores, além da correção da inflação pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC). Na mesa de negociação estão os representantes do o Sindimoc, Sindicato das Empresas de Ônibus de Curitiba e Região Metropolitana (Setransp) e Prefeitura de Curitiba, Urbs e Comec.

Tumulto

A quarta-feira (26) começou tumultuada em Curitiba e municípios da Região Metropolitana. Em assembleia, na noite de terça-feira (25), motoristas e cobradores de ônibus decidiram entrar em greve. No total, 12 mil trabalhadores cruzaram os braços à meia-noite. Os funcionários do transporte coletivo pedem melhores condições de trabalho,  reajuste de R$ 150,00 no vale-alimentação e o dobro no valor das horas-extras. Além disso, a categoria quer ganho real de 16% para motoristas e 22% para cobradores, além da correção da inflação pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC).

A Prefeitura de Curitiba informou pelo Twitter que, apartir das 6 horas desta quinta-feira, 50% da frota deve estar operando nos horários de pico.

Pedido de prisão

O prefeito de Curitiba, Gustavo Fruet, se manifestou nas redes sociais sobre a greve dos motoristas e cobradores de ônibus que atinge toda Curitiba e RMC. Segundo ele, não será permitido um reajuste abusivo do transporte público na capital. Fruet teria sido informado de que a paralisação foi forçada pelo sindicato patronal e dos trabalhadores para aumentar o valor da tarifa para R$ 3,40.

“Se ficar comprovado que esta greve é uma articulação para forçar o reajuste da tarifa, vou pedir a prisão do presidente do Sindicato dos Empresários e do presidente do Sindicato dos Trabalhadores”, escreveu.