O antropólogo Mario Michaliszyn, professor da Universidade Positivo, alerta que ainda há muito para mudar no olhar da população sobre o envelhecimento.
“Somos preconceituosos. Agimos com preconceito e discriminação a toda e qualquer diferença, e o envelhecer não foge a esta regra”, frisa. “Precisamos entender de uma vez por todas que a diversidade é a maior riqueza de uma sociedade”.
“Em sociedades indígenas, por exemplo, o idoso é fonte de sabedoria. É a ele que se voltam as atenções em momentos de adversidades e tomadas de decisão. Na sociedade ocidental, como já alertava Ivan Illich (pensador austríaco e autor de vários livros), ao tratar da Expropriação da Saúde, somos muitas vezes tratados como se estivéssemos numa oficina de reparos e manutenção onde, à medida em que o reparo torna-se dispendioso, somos dispensados”, pontua.