
“Temos o direito de manifestar nossas opiniões, sempre respeitando o direito de nossos contrários manifestarem as suas. Independente de concordarmos ou não, precisamos manter a paz e harmonia”
Acredito que a sociedade está vivendo um momento de questionamento sobre as instituições, as regras sociais, do que pode e não pode, do tolerável e do intolerável, enfim, de todo mecanismo que o homem criou para controlar e manter organizada a sociedade. Guardadas proporções, está acontecendo algo similar ao movimento de liberalismo, ocorrido na década de 60 que, apesar de não ter vivido aquele momento, li e ouvi muito sobre o período.
É um momento histórico que estamos vivendo, não tenhamos dúvidas que faremos parte dos textos futuros sobre os acontecimentos da década de 10 e 20 do século XXI. Faz parte do desenvolvimento humano, de tempos em tempos, questionar se as coisas no presente, ainda estão funcionando como foram planejadas há anos, décadas ou mesmo séculos, como o caso das religiões seculares.
Precisamos nos atentar a um fato importante, temos o direito de nos manifestarmos, desde que respeitando o direito de nossos semelhantes. Vamos debater sem agressões verbais, sem prepotência, autoritarismo e, principalmente, que nos informemos e tenhamos embasamento, para que o debate não seja superficial e fundamentado apenas pelo que lemos e ouvimos nas mídias e redes sociais.
É impossível vivermos somente entre pares, portanto, precisamos aprender a respeitar as individualidades e suas opiniões contrárias ou neutras, para que consigamos chegar num consenso e possamos viver coletivamente em paz e harmonia. Os conflitos não acontecem por conta das opiniões contrárias, mas, por uma falha que comentemos no diálogo, que é manifestar nosso pensamento como se fosse uma verdade absoluta e ouvir nosso interlocutor estigmatizando seu pensamento como uma inverdade ou meia verdade.
Independente de concordarmos ou não com as opiniões alheias, ainda que surjam várias ideias conflitantes, vamos mantê-las apenas no campo do pensamento, jamais agir de forma imprudente por discordar do pensamento alheio, para que possamos manter a paz e a harmonia e tornar nossos dias mais agradáveis. Como os mais antigos sempre repetiam, nosso direito termina onde começa o direito dos outros.