Em 15 dias, a Operação Verão retirou cerca de 140 toneladas de lixo da Ilha do Mel, um dos principais pontos turísticos do Paraná. Os resíduos foram deixados por turistas entre os dias 20 de dezembro e 6 de janeiro.
Portas e janelas, fogões, geladeiras, televisores, rádios, cadeiras, garrafas e latas, entre outros entulhos, são encaminhados ao lixão do Imbocuí, em Paranaguá. O transporte é feito por uma barcaça que tem capacidade de 20 toneladas a cada viagem.
Segundo o presidente do Instituto das Águas do Paraná, Márcio Nunes, durante a temporada a coleta será permanente na Ilha do Mel. “O governo assumiu essa responsabilidade para oferecer boas condições aos moradores e turistas. São áreas de beleza natural e reservas ambientais importantes. O objetivo é fazer com que haja um uso adequado por parte da população e que ela tenha prazer de usufruir os locais sem a presença de lixo”.
Na Ilha, O Instituto das Águas do Paraná criou uma estratégia específica que une coleta, transporte e destinação final diária de lixo, trabalho realizado em conjunto com a comunidade e também com o apoio dos veranistas.
O transporte do lixo até a barcaça é feito por dois veículos elétricos, que estão à disposição dos moradores da comunidade de Nova Brasília, e com outros dois em Encantadas. Ecologicamente corretos, os carros são silenciosos e movidos a bateria. Antes de serem utilizados, a coleta e o transporte dos resíduos eram realizados com carrinhos deslocados com o uso da força física de pessoas. Os cerca de 60 trabalhadores que faziam esse trabalho agora fazem a separação de material reciclável.
“Estes novos equipamentos agilizam a coleta e o transporte de lixo das casas, pousadas e restaurantes de acordo com os princípios de preservação ambiental. Não são poluentes, não geram emissão gasosa, não fazem barulho e não danificam as trilhas e a areia”, lembrou Nunes.
Limpeza na praia
Todas as manhãs, equipes realizam a limpeza das praias e das vias públicas dos municípios litorâneos para evitar o acúmulo de lixo e, consequentemente, a proliferação de insetos. Há 550 pessoas trabalhando durante a operação, além de 31 caminhões compactadores para a coleta convencional, seis baús para coleta do material reciclável, e 14 caminhões caçambas.
Em toda a orla marítima foram instaladas 2,3 mil lixeiras com dois sacos plásticos, um preto para deposito do lixo orgânico e outro azul para o lixo reciclável. Todo o lixo recolhido é destinado, respectivamente, a aterros sanitários e centros de triagens.
Os visitantes e moradores também podem contribuir para as ações de limpeza pública. “Acondicionar o lixo de modo adequado, nos horários estipulados pelas equipes de coleta e em locais apropriados, facilita o trabalho das equipes de limpeza”, lembra Nunes.