Um encontro para discutir sobre o tráfico de mulheres acontece em Foz do Iguaçu desde quarta-feira (8) até sexta-feira (10).

O evento chama-se “Encontro da Associação de Mulheres pela Paz”. O primeiro ocorreu em Florianópolis (SC) e neste ano a cidade de Foz do Iguaçu foi escolhida para sediar o evento, pelo fato de ser fronteira , local pelo qual mulheres também são traficadas. Depois de Foz do Iguaçu, a oficina seguirá para outros estados brasileiros.

De acordo com a Polícia Federal, existem 241 rotas de tráfico no Brasil, e mais da metade deste número são rotas internacionais. As mulheres traficadas são em sua maioria pobres e com baixo nível de escolaridade, e têm entre 17 e 25 anos. Esta prática é a terceira modalidade mais rentável no mundo, e movimenta cerca de 30 bilhões de dólares por ano, estando atrás apenas do tráfico de armas e drogas.

E visando reverter a situação, a discussão do assunto se fez necessária, reunindo então entidades ligadas à luta pelo direito das mulheres, que vai debater políticas públicas de prevenção e enfrentamento ao problema. Os participantes desse encontro nacional, vão retratar o cenário do tráfico de mulheres. Entre as idealizadoras está a feminista Clara Charf, que tem 87 anos e desde 1945 é militante política e também fundadora de da Ação Mulheres pela Paz.

A programação discute o tráfico de mulheres durante palestras que duram o dia todo e tem entre seus palestrantes, Clara Charf, Maria Helena Guarezi, Maria Cecília Ferraz, Kiara Heck, entre outros que compõem as discussões que têm debates, dinâmicas e ensinamentos sobre a temática. O encontro acontece no Hotel Bella Itália.