Líder da igreja Católica repete duras críticas ao machismo em tom severo

Pela segunda semana consecutiva a audiência de Francisco na Praça de São Pedro, em Roma, ganhou destaque pelo tom “severo” e por condenar o machismo.

“Onde está escrito em toda a história do cristianismo que os homens devem ganhar mais que as mulheres?”, questionou o pontífice aos quase 20 mil fiéis que o aguardavam.

Francisco foi mais duro que na última semana quando condenou o machismo e, de acordo com a imprensa internacional, deixou a ala conservadora do Vaticano mais “silenciosa”. Nesta manhã (29) o pontífice saudou os fiéis e disse que “o cristianismo não pode ser macho”. “O Evangelho derrotou a cultura de repúdio de costumes, quando um marido poderia se divorciar de impor mesmo com as razões mais capciosas”, disse o papa.

Por pelo menos três vezes Francisco questionou os motivos que levam empresas do mundo inteiro a valorizar mais os homens que as mulheres. “São direitos iguais. Essa diferença é um grande escândalo que a sociedade deve combater”. Segundo ele, a igualdade entre homens e mulheres fortalece principalmente famílias cristãs que vivem em situações críticas de pobreza, de degradação social.

O Papa denunciou mais uma vez o dano que faz com que o machismo, na sociedade, e surpreendeu ao afirmar que as mulheres não podem se contaminar pelo machismo. “É uma verdadeira lesão à sociedade, uma forma de sexismo. O homem não pode ser um ser dominador”.