Sexto dia de protesto de caminhoneiros contra o preço do óleo diesel. (Foto: Reprodução/RICTV)

Após a publicação de decreto que autoriza o uso das Forças Armadas, rodovias ainda apresentam trechos com protestos de categoria

*Do R7

Um dia após o presidente Michel Temer (PMDB) assinar um decreto que autoriza o uso de forças de segurança, diversas estradas estaduais e federais continuam bloqueadas neste sábado (26), sendo o sexto dia de protesto de caminhoneiros contra o preço do óleo diesel.

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Pelo menos 380 pontos permanecem bloqueados e 132 foram liberados, segundo balanço feito pelo jornal O Estado de S. Paulo.

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No sexto dia consecutivo de greve dos caminhoneiros, 31 voos das principais companhias aéreas que operam em todo o País foram cancelados na madrugada do sábado (26). Segundo a Infraero, os cancelamentos representam 13,3% dos 233 voos programados. Segundo a empresa estatal, os atrasos são decorrentes de diversas razões, inclusive, em função do desabastecimento. Na manhã do sábado, a Infraero também informou que 11 aeroportos em todo o país estão com falta de combustível.

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Uso da força contra manifestantes

Na noite da sexta-feira (25), o presidente Michel Temer assinou decreto determinando o uso das forças federais para liberar as rodovias e reabastecer o país com os produtos retidos nas estradas.

O decreto, publicado em edição extra do Diário Oficial da União, autoriza o emprego das Forças Armadas no contexto da Garantia da Lei e da Ordem (GLO) até o dia 4 de junho.

Também na noite de ontem, a Abcam (Associação Brasileira dos Caminhoneiros), uma das principais entidades em apoio à paralisação dos profissionais do setor, solicitou que os caminhoneiros liberem as rodovias do País.

“A Abcam, preocupada com a segurança dos caminhoneiros envolvidos, vem publicamente pedir que retirem as interdições nas rodovias, mas, mantendo as manifestações de forma pacífica, sem obstrução das vias”, diz a entidade.

Apesar da solicitação de liberação das vias, a Abcam classifica como “lamentável” o que chama de manifestação tardia de Temer, que “preferiu ameaçar os caminhoneiros por meio do uso das forças de segurança ao invés de atender às necessidades da categoria”.