A paralisação dos serviços da administração federal dos Estados Unidos pode representar novos riscos para a frágil economia mundial. Ela ocorre pela primeira vez em 17 anos, depois de o Congresso não ter chegado a acordo para o acesso a fundos que mantivessem o governo ativo. A decisão pode levar milhares de pessoas ao desemprego.
Cerca de dez minutos antes da meia-noite, a Casa Branca determinou às agências federais que iniciassem os procedimentos de paralisação, depois de um dia em que a Câmara dos Representantes e o Senado votaram as propostas apresentadas.
O principal ponto de discórdia entre republicanos e democratas é o adiamento, pretendido pelos republicanos, da reforma da saúde, que o presidente Barack Obama se recusa a protelar. “É um risco para a economia mundial se os Estados Unidos não escolherem adequadamente os seus planos de despesa e de redução do déficit”, disse o primeiro-ministro britânico, David Cameron.
A paralisação aplica-se a todos os serviços não essenciais. Significa que 800 mil funcionários públicos não vão trabalhar e que museus e parques nacionais permanecerão com suas atividades suspensas. Segundo economistas, a medida pode abrandar o crescimento da maior economia mundial.