O poeta curitibano Paulo Leminski recebeu in memoriam a Medalha de Mérito Cultural do Paraná. A honraria concedida pelo Governo do Estado e Secretaria de Estado da Cultura (SEEC) reconhece personalidades que impactaram a cultura do estado.

Paulo Leminski
Poeta venceu Prêmio Jabuti em 1995. (Foto: Nani Gois/Instituto Paulo Leminski)

Leminski completaria 81 anos em 2025, mas segue vivo com obras que impactam e inspiram as novas gerações.

A cerimônia realizada no último sábado (30) contou com a presença de Áurea Leminski, filha de Paulo e também poeta. O evento fez parte da programação deste ano do Festival Paulo Leminski, que ainda conta com shows, debates, oficinas e atividades voltadas à literatura, à música e à poesia.

“Foi muito especial receber essa medalha em nome do meu pai. Esse reconhecimento tem um peso enorme para nós, como família e como Instituto, porque simboliza a importância de manter viva a obra do Leminski. Vamos carregar essa homenagem como algo precioso, e dividimos essa honra com todos que acompanham e celebram sua trajetória”, afirmou Aurea Leminski.

Paulo Leminski, um “pinheiro que não se transplanta”

Paulo Leminski
Paulo Leminski teve obras citadas em diversas composições de artistas nacionais. (Foto: Nani Gois/Instituto Paulo Leminski)

Paulo Leminski se autointitulava um “pinheiro que não se transplanta”. Nascido em 24 de agosto de 1944, filho de pai polonês e de mãe com ascendência portuguesa, negra e indígena, o poeta fez de Curitiba palco central de suas obras.

Leminski começou desde cedo na literatura, com produções em diversos estilos como poesia, prosa, ensaios, biografias e traduções. O autor recebeu um Prêmio Jabuti em 1995, pelo livro de poesias Metamorfose.

O trabalho de Leminski também teve ramificações na música. Junto do irmão Pedro compôs a música “Oração de um suicida”, que abre o primeiro álbum da banda curitibana Blindagem, de 1981.

Outros artistas também utilizaram as obras de Leminski em composições: Caetano Veloso, que colocou “Verdura” no álbum “Outras Palavras”, de 1981; pelos “novos baianos” Paulinho Boca de Cantor e Moraes Moreira, que gravaram, entre outras, as músicas “Valeu”, “Se houver céu” e “Lêda”; Arnaldo Antunes, com “UTI” e “Além alma”, e por Zélia Duncan, que gravou “Dor Elegante”.

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Jorge de Sousa

Editor

Jorge de Sousa é formado em jornalismo desde 2016, pós-graduado em Direito Eleitoral e Processo Eleitoral e especializado na cobertura de pautas sobre Política, do Paraná e do Brasil, além de matérias sobre Agronegócio e Esportes.

Jorge de Sousa é formado em jornalismo desde 2016, pós-graduado em Direito Eleitoral e Processo Eleitoral e especializado na cobertura de pautas sobre Política, do Paraná e do Brasil, além de matérias sobre Agronegócio e Esportes.