O poeta curitibano Paulo Leminski recebeu in memoriam a Medalha de Mérito Cultural do Paraná. A honraria concedida pelo Governo do Estado e Secretaria de Estado da Cultura (SEEC) reconhece personalidades que impactaram a cultura do estado.

Leminski completaria 81 anos em 2025, mas segue vivo com obras que impactam e inspiram as novas gerações.
A cerimônia realizada no último sábado (30) contou com a presença de Áurea Leminski, filha de Paulo e também poeta. O evento fez parte da programação deste ano do Festival Paulo Leminski, que ainda conta com shows, debates, oficinas e atividades voltadas à literatura, à música e à poesia.
“Foi muito especial receber essa medalha em nome do meu pai. Esse reconhecimento tem um peso enorme para nós, como família e como Instituto, porque simboliza a importância de manter viva a obra do Leminski. Vamos carregar essa homenagem como algo precioso, e dividimos essa honra com todos que acompanham e celebram sua trajetória”, afirmou Aurea Leminski.
Paulo Leminski, um “pinheiro que não se transplanta”

Paulo Leminski se autointitulava um “pinheiro que não se transplanta”. Nascido em 24 de agosto de 1944, filho de pai polonês e de mãe com ascendência portuguesa, negra e indígena, o poeta fez de Curitiba palco central de suas obras.
Leminski começou desde cedo na literatura, com produções em diversos estilos como poesia, prosa, ensaios, biografias e traduções. O autor recebeu um Prêmio Jabuti em 1995, pelo livro de poesias Metamorfose.
O trabalho de Leminski também teve ramificações na música. Junto do irmão Pedro compôs a música “Oração de um suicida”, que abre o primeiro álbum da banda curitibana Blindagem, de 1981.
Outros artistas também utilizaram as obras de Leminski em composições: Caetano Veloso, que colocou “Verdura” no álbum “Outras Palavras”, de 1981; pelos “novos baianos” Paulinho Boca de Cantor e Moraes Moreira, que gravaram, entre outras, as músicas “Valeu”, “Se houver céu” e “Lêda”; Arnaldo Antunes, com “UTI” e “Além alma”, e por Zélia Duncan, que gravou “Dor Elegante”.
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