Para tentar reverter a crise de imagem em meio a tantas denúncias de corrupção como ponto central da Operação Lava Jato, a Petrobrás recorreu a dois juristas – uma brasileira e outro estrangeiro – para compor comitê. O comitê será montado na estatal a fim de acompanhar as investigações internas e terá a ex-ministra do Supremo Tribunal Federal Ellen Gracie e o alemão Andreas Pohlmann, responsável pela área de controle interno da Siemens após denúncias de pagamento de propina.
A formação do comitê foi aprovada pelo Conselho de Administração da Petrobrás, na terça-feira (23). Pohlmann e Ellen Gracie irão trabalhar ao lado do futuro diretor de Governança Corporativa, cuja criação foi decidida após o escândalo da Operação Lava Jato e cujo titular ainda será definido pela Petrobrás.
O papel desse comitê especial será acompanhar as investigações de dois escritórios de advocacia contratados para avaliar o tamanho do rombo que superfaturamentos de projetos causaram no patrimônio da estatal. O trio também deve intermediar o diálogo dos escritórios com o Conselho de Administração. Além disso, ainda vão atuar para que as ações propostas pelo Trench, Rossi e Watanabe (do Brasil) e do Gibson, Dunn & Crutcher (dos Estados Unidos) sejam cumpridas pelos empregados da Petrobras e para que os profissionais tenham livre acesso às instâncias necessárias às investigações, incluindo autoridades públicas.
As informações são do jornal O Estado de S.Paulo.