Por Stephanie Kelly

NOVA YORK (Reuters) – Os preços do petróleo avançaram mais de 1 dólar por barril nesta sexta-feira, apoiados por queda nos estoques europeus e pelos cortes de produção da Opep, apesar de a Agência Internacional de Energia (IEA, na sigla em inglês) ter apontado que o crescimento da demanda pela commodity está no menor ritmo desde a crise financeira de 2008.

Os contratos futuros do petróleo Brent fecharam em alta de 1,15 dólar, ou 2%, a 58,53 dólares por barril. Já os futuros do petróleo dos Estados Unidos avançaram 1,96 dólar, ou 3,7%, para 54,50 dólares o barril.

“Apesar de um novo corte da IEA no crescimento da demanda por petróleo, os preços estão operando levemente em alta, já que o corte na previsão de demanda já havia sido anunciado anteriormente pelo chefe da agência e ela ainda espera maiores diminuições nos estoques para o segundo semestre”, disse Giovanni Staunovo, analista da UBS.

A IEA afirmou que a demanda global por petróleo entre janeiro e maio cresceu em seu ritmo mais lento desde 2008, afetada pelos crescentes sinais de uma desaceleração econômica e pelo avanço na guerra comercial entre EUA e China.

Os preços subiram depois de dados da Euroilstock apontarem que os estoques de petróleo bruto e derivados em 16 nações europeias encerraram julho em nível levemente menor que o de junho.

Ainda assim, na semana o Brent recuou mais de 5%, enquanto o WTI cedeu cerca de 2%, com mercados pressionados por um inesperado avanço nos estoques dos EUA e temores de desaceleração na demanda em meio à escalada na guerra comercial entre EUA e China.

(Reportagem adicional de Bozorgmehr Sharafedin em Londres e Jane Chung em Seul)